Artistas apóiam barqueata em defesa das lagoas da Barra

Diversos músicos e artistas cariocas participarão dia 20 de maio de 2018, domingo, entre 9:30h e 13h, da Barqueata em defesa do Saneamento Ambiental das Lagoas da Barra da Tijuca, situadas na Bacia Hidrográfica de Jacarepaguá que é uma das regiões mais populosas do município, cujas obras de infra-estrutura de saneamento estão paralisadas ou incompletas desde a decretação da “falência financeira” do Estado do Rio de Janeiro logo após as Olimpíadas de 2016 onde foi prometido enganosamente prometido ao Comitê Olímpico Internacional (COI), por autoridades públicas e do município, a “despoluição de 80% da Baía de Guanabara”.

Diante da atual crise ambiental e sanitária, o objetivo do Baía Viva -fundado nos anos 1990 – é mobilizar a sociedade na defesa das baías fluminenses – Guanabara e de Sepetiba, além da lha Grande -, da preservação de nossas lagoas costeiras e das espécies marinhas, tais como o Boto-cinza, símbolo do Rio de Janeiro, e a tartaruga-verde que encontram-se ameaçadas de extinção!

Para isso, temos realizado fóruns itinerantes, expedições científicas e barqueatas, o SOS Praias, Saneamento já! que já teve 3 edições nas praias da Bica, Pitangueiras e da Guanabara (Ilha do Governador). Em 27 de Maio (domingo), a campanha educativa em defesa dos oceanos e a vida marinha nas baías fluminenses aporta na Praia da Engenhoca com atividades abertas ao público como: esportes naúticos (stand up, canoa havaiana, caiaque e frescobol, vôlei), oficinas de educação ambiental, sinalização ecológica das praias, mutirão de limpeza das embalagens plásticas na praia e participação especial do Block´n

Alerta contra a poluição

A barqueata é um alerta à sociedade e aos governos para a gravidade do avanço – ano a ano – da crescente poluição das praias, baías e lagoas, o que tem gerado sérios problemas ambientais e de saúde pública (aumento das doenças de veiculação hídrica) e impactos na economia do turismo já que o Rio de Janeiro é uma cidade (e um Estado) com uma forte economia do litoral. Com os nossos ecossistemas saudáveis e os corpos hídricos limpos, isso proporcionará forte potencial de geração de milhares de “empregos verdes” (ONU) e de receitas em benefício dos municípios.

Dados de Março/2018, do monitoramento da balneabilidade das praias cariocas coordenado pelo INEA (Instituto Estadual do Ambiente), comprovam que – infelizmente – a grande maioria das praias das baías caruocas – Guanabara e Sepetiba – estão impróprias ao banho nas ilhas do Fundão, Governador e de Paquetá; como na Zona Sul e Barra da Tijuca.

A ONU (Organização das Nações Unidas) através dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), recomenda aos governos a adoção de Políticas Públicas voltadas à proteção dos oceanos e dos mares, bem como a preservação da biodiversidade marinha, como um direito humano.

Para o ecologista Sérgio Ricardo, do Baía Viva: “O crescente avanço da poluição de nossas praias, lagoas e rios representa um grave problema ambiental e de saúde pública, afetando negativamente o nosso desenvolvimento socioeconômico.

A degradação ambiental no litoral brasileiro poderá gerar, nas próximas décadas, uma forte deseconomia (pois trata-se de uma “produção sacrificada”), com perda expressiva de empregos. Somente na Baía de Guanabara, a crescente degradação ambiental provoca um prejuízo econômico estimado em R$ 30 bilhões por ano.

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