
Mesmo com anúncio de policiamento reforçado, a reitoria da UFRJ confirmou que mais um assalto ocorreu nesta terça-feira no campus do Fundão. O crime ocorreu nas proximidades do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), segundo as primeiras informações. A reitoria informou que está buscando mais informações junto à polícia.
O campus do Fundão da UFRJ vive um semana violenta. Na última sexta-feira, um casal de professores sofreu um sequestro-relâmpago e ficou onze horas sob a mira dos criminosos. Na segunda-feira, uma estudante, estagiária de um dos laboratórios de pesquisa do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, também foi vítima do mesmo crime. Com estes dois casos, o número de ocorrências deste tipo chegou a sete apenas em 2018.
O reitor da universidade, Roberto Leher, afirmou na segunda-feira que todo o campus da Ilha do Fundão — que tem 5 milhões de metros quadrados, área do tamanho de Leblon e Ipanema juntos — é policiado somente por uma única viatura do 17º Batalhão da PM (Ilha do Governador):
— Frequentemente, estamos com uma viatura. E mesmo ela não permanece o tempo inteiro na cidade universitária. Isso torna o nosso campus muito mais vulnerável.
Em encontro nesta segunda com o subsecretário de Segurança, Roberto Alzir, Leher ouviu a promessa de que, a partir desta terça-feira, a Polícia Militar iria reforçar o patrulhamento do campus. No entanto, a presença maior de policiais na região ainda não surtiu efeito. E, para ter uma ação mais rápida, a universidade também se movimenta para aumentar a segurança no Fundão.
A UFRJ anunciou que irá colocar em práticas algumas medidas a partir de junho. Através de uma parceria com a Petrobras, haverá um aumento no efetivo no patrulhamento do campus com remuneração extra para os policiais pelo PROEIS (Programa Estadual de Integração da Segurança).
Além disso, a universidade anunciou que vai fazer alterações no trânsito da Cidade Universitária, com o fechamento de alguns acessos para contribuir com o trabalho do 17º BPM (Ilha do Governador) no patrulhamento ostensivo do campus; vai promover a divisão do campus universitário em quatro quadrantes, que passarão a ter patrulhamento motorizado por 24 horas; vai instalar câmeras de maior definição que permitem a captura dos traços faciais das pessoas que trafegam pelo campus, medida que vai auxiliar a Polícia Civil na identificação dos criminosos; e uma participação mais ativa da Divisão Anti-Sequestro (DAS), em parceria com a 37º DP, nas investigações sobre as quadrilhas que atuam na Cidade Universitária.