Sindicato afirma que 90% dos postos no Rio já estão sem combustíveis

Posto no Recreio dos Bandeirantes: motoristas fazem longas filas em estabelecimentos que ainda têm combustíveis para vender Foto: reprodução

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência no Estado do Rio de Janeiro (Sindestado-RJ) informou, nesta quinta-feira, que cerca de 80% a 90% dos postos no estado já estão sem combustíveis.

— Estamos no quarto dia da greve dos caminhoneiros, sendo que, em média, os postos costumam recompletar seus tanques a cada três dias. Portanto, a partir do meio do dia de hoje o desabastecimento deverá ser geral em todo o Rio. Quem ainda tem combustível para vender está certamente no final do seu estoque — comentou o presidente do Sindestado, Ronald Barroso do Couto.

Segundo ele, os postos trabalham com uma média de dois a três dias de estoques e, desde segunda-feira, a maioria da revenda não tem recebido produtos. O Estado do Rio tem, ao todo, cerca de 2.800 postos: dois mil no interior e 800 na capital.

Na capital, pelo levantamento do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb), cerca da metade dos postos revendedores já estão sem combustíveis. Se o fornecimento não se normalizar, informa a entidade, haverá um colapso no abastecimento em breve.

Segundo o sindicato, somente o abastecimento de Gás Natural Veicular (GNV) continua normal, porque o combustível é enviado via gasodutos pela CEG, companhia distribuidora do Rio. Mas, por conta disso, as filas estão grandes em muitos postos. Ao todo, no Rio, são cerca de 800 revendedores.

Reajustes de preços

Muitos estabelecimentos que ainda têm gasolina e etanol acabaram reajustando os preços: já há lugar vendendo o litro da gasolina a R$ 5,30.

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