Duas pessoas são presas suspeitas de desvio de dinheiro da saúde pública

Um casal foi preso, na manhã desta quarta-feira, durante uma operação conjunta da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público contra o desvio de dinheiro público da Secretaria municipal de Saúde do Rio. Eduardo e Simone Cruz são sócios da Cryopraxis, uma empresa de biotecnologia que recolhe e armazena células-tronco do cordão umbilical de recém-nascidos. Os dois, que são casados, tiveram a prisão preventiva decretada por suspeita de peculato e organização criminosa. As informações são do “G1”.

De acordo com as investigações, Simone e Eduardo usavam o e-mail da Cryopraxis para negociar o pagamento de taxas num convênio que não permitia esse tipo de cobrança. A polícia informou não haver suspeitas sobre os serviços de células-tronco oferecidos pela empresa.

Segundo a investigação, a Fundação Bio-Rio — gestora do Polo de Biotecnologia do Rio, sediado no Fundão — teria feito um convênio com a Secretaria municipal de Saúde entre 2015 e 2016 para a realização de cursos de pós-graduação para médicos da Pasta.

Ao todo, a prefeitura repassou mais de R$ 80 milhões — R$ 6 milhões foram para cobrir uma taxa de administração. No entanto, esse tipo de convênio não permite essa cobrança de taxas. De acordo com os investigadores, apesar de esse convênio ter sido feito entre a Bio Rio e a prefeitura, tanto Simone quanto Eduardo usavam o e-mail da Cryopraxis para negociá-las.

Na semana passada, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços de ex-presidentes, diretores, administradores e funcionários da Fundação Bio-Rio, do Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) e de outras empresas vinculadas à fundação.

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