Presidenciável tucano voa baixo na Baixada

Geraldo Alckmin (Fotos: Davi Boechat)

Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato à presidência da República, conversou com empresários ontem à tarde, no Centro Social do Patronato São Vicente, rua Governador Portela, 382, no Centro de Nova Iguaçu. O evento foi promovido por entidades comerciais da Baixada. Em seu discurso, o presidenciável abordou problemas da região. Os temas principais foram segurança pública, mobilidade urbana e geração de empregos.

“Nova Iguaçu é a cidade-mãe dessa região e nela estão representados os problemas que abordamos em nosso plano de governo. É um importante polo gerador de empregos na indústria, mas sofre com a insegurança. Em minha experiência como governador de São Paulo, posso afirmar que é possível trabalhar para mudar esse quadro. Diminuímos o número de homicídios de forma significativa, para apenas 7 em cada 100 mil habitantes, o que quero fazer aqui”, disse o ex-governador paulista.

O pré-candidato propôs ainda a extensão do Metrô de Pavuna para Nova Iguaçu, o que para ele é um importante passo para melhora no transporte público da região. Essa ideia é uma das que estão presentes no Plano Estratégico Metropolitano, entregue para Alckmin, que prometeu anexá-lo ao seu plano de governo.

Elaborado por Vicente Loureiro, diretor-executivo da Câmara Metropolitana, órgão do governo do estado, o referido Plano é uma agenda para o desenvolvimento econômico da região. Com o documento em mãos, prometeu o presidenciável: “Firmo aqui o compromisso de observar esses pontos. Vou incluí-los em meu plano de governo. Este é um compromisso que assumo com vocês”, disse enquanto cumprimentava o ex-deputado federal Jorge Gama, que lhe entregou o primeiro exemplar do Plano lançado ontem.

Participação tímida

A impopularidade de Alckmin no estado do Rio é um problema enfrentado pelos tucanos neste eleição. Para dirigentes partidários fluminenses, a baixa participação de lideranças políticas no evento, que contou com aproximadamente 100 pessoas na platéia, serviu como um indicativo preocupante, confirmando as especulações que surgem nos bastidores do partido. No Rio, Alckmin teria apenas 6% de intenções de voto, número bem menor que o nacional, onde aparece com 18%, segundo dados divulgados pela Paraná Pesquisas.

A falta capilaridade da legenda nos municípios do estado é um problema que dificulta o tucano levantar voo. Apesar disso, o deputado federal Otávio Leite, presidente estadual da legenda, nutre esperanças:

“Já estivemos pior. Estamos nos erguendo em todos os cantos do estado, levantado gente interessada em ver os ideais do partido bem representados”, comentou. Outra possibilidade de virada para Alckmin está no tempo de TV, que será considerável, devido ao tamanho da bancada parlamentar do PSDB na Câmara. Leite espera que, com isso, a popularidade do pré-candidato seja amplificada no estado.

No Rio, o MDB, apesar do tamanho, não é cotado para negociação com a legenda, e isso, para Alckmin, “está fora de cogitação”, garante. “O candidato do MDB é o [ministro da Fazenda] Henrique Meirelles”, afirmou ao Jornal de Hoje o pré-candidato.

A ausência de lideranças partidárias dos municípios da Baixada causou mal-estar. Um dos faltantes foi o ex-vereador e presidente do diretório na cidade, Maurílio de Oliveira, o Maurílio Manteiga. Jorge Miranda, o único prefeito psdebista no estado, também não prestigiou o presidente nacional. Ele justificou a ausência alegando viagem para São Paulo, a serviço do município.

Estiveram no evento Flávio Sampaio, presidente da Federação dos Criadores de Pássaros do Estado do Rio de Janeiro; Aldimar Arsênio, o Mica, ex-deputado federal e ex-prefeito de Meriti; João Luiz do Nascimento Jr., o Jango, procurador da Câmara de Vereadores de Belford Roxo, possivelmente candidato a prefeito em Nova Iguaçu no próximo pleito; além de Noel de Carvalho, ex-prefeito de Resende e ex-deputado estadual.

Texto de Davi Boechat

Mica

Flávio Sampaio

Jango

Jorge Gama

Noel de Carvalho

 

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