Alerj, por Ronaldo Ferraz e Pereirinha – 30/06

Gestão Hospitalar

O orçamento deste ano do estado do Rio para a gestão hospitalar, incluindo contratos com Organizações Sociais (OS), manutenção de entidades de pesquisas, a exemplo do Instituto Vital Brazil, localizado em Niterói, e compra de medicamentos e outros insumos hospitalares, foi estabelecido em R$ 6, 6 bilhões, dos quais cerca de um terço, R$ 2, 2 bilhões, é destinado às empresas especializadas em administração hospitalar, através do Fundo Estadual de Saúde.
A deputada estadual Enfermeira Rejane, que exerce o seu segundo mandato parlamentar na Assembleia Legislativa fluminense, é membra da Comissão de Saúde da Alerj, e tem percorrido os 91 municípios do estado, numa busca incessante para descobrir onde o dinheiro da saúde é aplicado, bem como a qualidade da prestação dos serviços médicos à população, notadamente no que diz respeito aos procedimentos cirúrgicos de baixa e alta complexidade.

Municípios

Parte desses recursos é também destinada aos municípios, inclusive o Rio, como auxílio do estado à gestão hospitalar municipal, até mesmo naqueles municípios que sediam hospitais gerais estaduais, a exemplo de São Gonçalo, na Região Metropolitana, Baixada Fluminense, Região dos Lagos, Norte/Noroeste e Sul fluminense, cujos valores são atualizados semestralmente, mesmo assim é necessário muita técnica e perícia contábil para registrar e contabilizar os números destinados aos municípios e procedimentos médicos específicos.

São Gonçalo

A convite do vereador Prof. Paulo, a deputada Enfermeira Rejane esteve em São Gonçalo para participar, na última terça-feira, de audiência pública, na sede do legislativo gonçalense, sobre o atendimento à saúde do município, que é vizinho de Niterói. São Gonçalo tem um Hospital Geral, na localidade de Colubandê, mas também recebe recursos da União e do estado do Rio para aplicação nas unidades municipais de saúde.
Constatou-se que a situação da saúde em São Gonçalo, cujo prefeito é o médico José Luiz Nanci, é grave, com problemas no PAM de Alcântara, onde enormes filas se formam diariamente para obtenção de consultas com especialistas, inclusive oftalmologista cujo aparelho de exame de vista está quebrado há mais de dois anos.
O próximo passo, segundo o vereador Prof. Paulo, é cobrar do prefeito e do seu secretário de saúde os verdadeiros e reais números da saúde pública de São Gonçalo, principalmente quanto a compra de insumos e do atendimento médico-hospitalar com relação aos procedimentos de baixa e média complexidade que são bancados pelos governos federal e estadual.

Saúde no Rio

No Rio, os gastos na saúde pública deveriam ser controlados pela Comissão de Higiene, Saúde Pública e Bem-Estar Social da Câmara Municipal do Rio, presidida pelo cirurgião-dentista Rafael Aloísio Freitas, que foi subprefeito do Grande-Meier e administrador regional de Andaraí, Grajaú, Maracanã e Vila Isabel, mas é difícil encontrar um número no site da Comissão, porque este não existe, nem no do legislativo carioca.
Mas em outros ambientes digitais e tecnológicos, à revelia do grande cirurgião vereador, foi possível verificar que o orçamento da Prefeitura carioca de R$ 25, 5 bilhões subiu para R$ 29, 8 bilhões, deste R$ 5, 46 bilhões seriam destinados à saúde, mas no orçamento foi reduzido para R$ 4, 92 bilhões. O prefeito Crivella vem tentando, a todo custo, suplementar recursos às Organizações Sociais (OS) que administram as unidades médicas municipais e levam mais de R$ 1 bilhão do orçamento da saúde.

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