Operação da Polícia e MP prende 21 suspeitos de tráfico na Baixada

Os presos foram conduzidos para a Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio

Em uma ação conjunta do Ministério Público Estadual (MPE) com 0 Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e da Polícia Civil, 21 pessoas foram presas. A ação tinha como objetivo cumprir 19 mandados de prisão por associação para o tráfico de drogas em, pelo menos, três localidades de Duque de Caxias, na Baixada.
De acordo com levantamentos feitos pelo Ministério Público, o esquema do crime organizado em Campos Elíseos, Jardim Primavera e Saracuruna tem conexões com o comércio de drogas existente no conjunto de favelas do Complexo da Penha.
A operação Celta, coordenada pelo delegado Márcio Mendonça, começou por volta das 5h30, com cerca de 20 viaturas saindo da Cidade da Polícia, no bairro Jacaré. De acordo com a denúncia feita ao MPRJ, os acusados atuam nas comunidades do Rasta, Ana Clara, Barão Vermelho, Badu e do Padre, todas na região do segundo distrito de Duque de Caxias.
Por meio de gravações telefônicas autorizadas pela Justiça, as investigações concluíram que a quadrilha é chefiada por Thiago Barbosa Conrado, conhecido como Thiaguinho ou TH. Segundo o Ministério Público, ele controla a distribuição de drogas na região e o lucro das vendas. Ele ainda escolhe os responsáveis pelas bocas de fumo nas comunidades. Thiaguinho mandava que a quadrilha fizesse diversos roubos na região, para conseguir mais dinheiro.
Além de TH, também chefiava o bando Welington Oliveira Souza, conhecido como Cara de Porco. A dupla tinha como braços direitos Joanderson Silva doa Santos, Gabriel Valentin Mariano e Gustavo Rodrigues de Medeiros. Ainda segundo a denúncia, na estrutura da quadrilha, Shermann Londres de Souza tinha as tarefas de determinar a localização dos pontos de venda de drogas e a divisão do lucro.
Essa região de Caxias vem sendo palco de uma intensa disputa entre traficantes e milicianos. Embora envolvendo outros grupos de criminosos, o Gaeco já ofereceu duas denúncias, em 2017 e 2018, sobre homicídios decorrentes dessa guerra. Num dos casos, dois traficantes foram mortos e um baleado por milicianos. No outro, três integrantes da milícia foram assassinados e um foi ferido a tiros por traficantes.

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