Vans precisam melhorar serviço em Nova Iguaçu

Além de vans mal conservadas e sem ar, as brigas são frequentes na disputa pela preferência de passageiros

As 350 vans de Nova Iguaçu, que ganharam, na quinta-feira (5) , a autorização da justiça para circular pelas ruas centrais da cidade, já estão se organizando para a criação de uma associação para atender aos interesses da categoria. A informação é da advogada Alderi Rolim, que atuou em defesa dos motoristas na Sexta Vara Civel e ganhou a liminar da juíza Mariana Moreira Tangari Baptista.

De acordo com ela, os motoristas não estão mais organizados em cooperativa, como a matéria do JH se referiu na edição de ontem, “porque a experiência de organização deles em cooperativa não deu certo, a experiência não foi boa”, revelou a advogada. Ainda segundo ela, a associação é bem mais ampla e permite muitos benefícios à categoria.

Para Alderi, organizados em associação, “os motoristas de vans poderão per plano de saúde e outros benefícios, como trocar de carro, por exemplo “, adianta a advogada. Sobre a derrubada da portaria 151, baixada no dia 21 de junho, pelo governo Rogério Lisboa, que suspende a circulação das vans pelas ruas centrais da cidade, ela fez o seguinte comentário: “A Lei nº 4.618, de 17 de a agosto de 2016, feita pelo então prefeito Bornier, dá condições legais para prestação de serviços das vans no município. Então, não pode uma lei se sobrepor a uma portaria”, garante a advogada.

Vans precisam melhorar
Mas para a passageira Maria Joana Ferreira, 48 anos, “nem tudo são flores”, nos serviços prestados pelas vans. Ela contou que “no mesmo dia que voltaram a circular, houve troca de socos entre cobradores e motorista de vans na passarela do caracol, por causa da disputa pela preferência de passageiros que utilizam o corredor da Estrada de Madureira. Um absurdo. Na correria eu quase me machuquei”, reclama.

Já a dona Palmira Silva, de 76 anos, acha que é preciso melhorar o estado de conservação, o comportamento dos cobradores, a maioria mal vestidos e muitos cheirando a álcool, além da higiene dos veículos. “Os caras gritam no ouvido da gente dentro do carro e ainda falam palavrões. E os veículos, maioria, são muito sujos e sucateados, com bancos soltos ou rasgados. Para servir a população, os donos dos veículos precisam mudar essa situação”, desabafa a usuária.

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