SORTE NO JOGO, por Geraldo Pereira – 10/07

SORTE OU AZAR?
Estamos em clima de copa do mundo e, algumas seleções conseguiram passar de fase ou ficar pelo caminho graças a cobrança de pênaltis.
No dia 19 de maio de 2012, 62 500 torcedores viram o jogador holandês Arjen Robben, do Bayern de Munique, ajeitar a bola a 11 metros do gol de Petr Cech, do Chelsea. O cronômetro marcava 4 minutos da prorrogação da final da Copa dos Campeões da Europa, e Robben tinha a chance de marcar um pênalti que provavelmente daria o título a seu time.

PÊNALTI É LOTERIA?
Quem chuta tem o controle da situação, mas para o goleiro tudo depende do acaso. Ele pouco pode fazer além de treinar seus reflexos e tentar adivinhar o canto onde a bola vai. Robben correu e chutou rasteiro no canto esquerdo – bem nos braços do goleiro. Será que Cech teve sorte de adivinhar o lado? O jogo foi para os pênaltis, e ele mostrou que era mais do que isso. Em 5 cobranças, defendeu duas – e acertou o canto escolhido pelo batedor em absolutamente todas. É impossível ter mais sorte do que isso em um jogo de futebol.

OBSERVAÇÕES AJUDAM
Cech revelou seu segredo ao final do jogo. Ele tinha um DVD com todos os pênaltis batidos pelo Bayern desde 2007. Cada vez ele chutava de um jeito, numa sequência de variações aparentemente aleatórias. Só que, estudando dezenas de cobranças, o goleiro percebeu que não era bem assim. Notou que Robben tinha ligeira preferência por chutar rasteiro e no canto esquerdo. Uma tendência discreta, que jamais chamaria a atenção – a não ser que você tivesse a paciência, como Cech teve, de estudar 5 anos de cobranças. Ele encontrou um padrão no que parecia aleatório. E, a partir dele, constatou: a chance de que a bola fosse baixa e no canto esquerdo era maior. Pulou nessa direção e pegou o pênalti!

LOTERIAS
Em nossos bolões, ao observar as dezenas mais e menos sorteadas,mais atrasadas e freqüência de aparições estamos “ajudando”a sorte acontecer! Por isso o fator observação é muito importante nas loterias.

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