Justiça decreta prisão preventiva de ex-prefeito de Itaguaí

Ex-prefeito de Itaguaí, Luciano Mota, foi indiciado pelos crimes de fraude e lavagem de dinheiro
(Foto: Reprodução/TV Globo)

O ex-prefeito de Itaguaí (RJ) Luciano Carvalho Mota teve decretada sua prisão preventiva e indisponibilidade de bens. Mesma decisão atingiu o ex-diretor de informática da prefeitura David Brites de Macedo. A medida, do juiz Edison Ponte Bulamarqui, da Vara Criminal de Itaguaí, foi divulgada na segunda-feira (16).
O ex-prefeito e o ex-diretor foram denunciados pelo Ministério Público (MP) pela prática de crimes de apropriação e desvio de rendas públicas, no valor de R$ 1,2 milhão, e inserção de dados falsos no sistema da folha de pagamentos da prefeitura do município, que fica na Região Metropolitana do Rio.
Segundo o MP, foram incluídas 112 pessoas sem nenhum vínculo formal ou legal com o município, funcionários fantasmas, que tinham depositados em suas contas dinheiro do município. O juiz destacou em sua decisão que Mota e Macedo vinham interferindo na normalidade da instrução, buscando manipular fontes de provas. “As principais testemunhas de acusação, cujos depoimentos podem corroborar as provas documentos apresentadas, em diversos momentos se mostraram coagidas, pressionadas e até ameaçados pelos envolvidos”, escreveu o juiz na decisão.

Entre vários carros de luxo, a Ferrari atribuída ao ex-prefeito foi avaliada em R$ 1,7 milhão na ocasião
(Foto: Rede Globo)

O ex-prefeito, que ostentava uma vida luxuosa, ficou conhecido em 2015, quando a Polícia Federal apreendeu um helicóptero e uma Ferrari. A reportagem não conseguiu contatar as defesas dos dois acusados.
Memória
O Conselho de Ética do PSDB expulsou Luciano Mota do partido, por 48 votos a favor e uma abstenção, por “quebra de decoro”, assim que ele foi afastado do cargo de prefeito de Itaguaí, no dia 31 de março de 2015.
Ele foi apontado pela investigação da Policia Federal como chefe de um esquema de desvio de verbas em contratos da prefeitura e afastado do cargo, junto com outros três secretários municipais e dois PMs, por decisão é do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).
A justiça na ocasião também determinou a busca e apreensão de um helicóptero, e de três carros de luxo. Os veículos foram um Porsche Panamera modelo 2012, um Mercedes Benz AMG, modelo 2011, e um BMW X-6, modelo 2014.
Ele também teria usado dinheiro público para comprar uma Ferrari, avaliada em R$ 1,7 milhão, que supostamente estaria em nome de um laranja. Até ser eleito prefeito de Itaguaí, em 2012, Luciano Mota não tinha currículo na política.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha, supostamente chefiada pelo prefeito, desviava verbas dos royalties do petróleo e do Sistema Único de Saúde (SUS).

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