O miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko Foto: Reprodução

A Polícia Civil faz, na manhã desta quinta-feira, uma operação contra uma milícia que age na Zona Oeste do município do Rio e também na Baixada Fluminense. O objetivo dos agentes é cumprir 30 mandados de prisão e 90 de busca e apreensão.

Até as 9h50, vinte pessoas haviam sido presas, entre elas o subtenente do Exército Marco Antônio Cosme Sacramento. Ele foi detido em casa, em Campo Grande, na Zona Oeste. Outros dois alvos da equipe são o ex-PM Carlos Eduardo Benevides Gomes, o Bené, e o sargento PM Antônio Carlos de Lima.

O subtenente do Exército preso por suspeita de envolvimento com a milícia Foto: Reprodução

O subtenente do Exército preso, de acordo com as investigações, era um dos chefes da organização criminosa. Ele seria homem de confiança do sargento Antônio Carlos e daria ordens para extorsões. Já o PM, que é conhecido como sargento Antônio, Toinho, Brow ou Mestre, é lotado no 27º BPM (Santa Cruz).

Esta é a segunda fez em que o subtenente Marco Antônio é preso. Em 2010, ele foi detido durante a Operação Biscoito, também realizada pela Polícia Civil. Na época, o militar era acusado de integrar uma milícia conhecida como Piraquê, que que controlava comunidades em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio.

Ecko tem ‘braço’ na Baixada

As investigações começaram em Itaguaí, na Baixada. Mas os investigadores logo descobriram que a quadrilha que agia naquele local era um braço do bando de Wellington Silva Braga, o Ecko, que age na Zona Oeste da capital. Ecko é apontado como chefe da maior milícia do Estado do Rio e também é alvo da operação.

Os milicianos que agem a mando dele atuam em várias frentes: extorsão, homicídios, adulteração de veículos, receptação, roubos, exploração de areais e até mesmo tráfico de drogas. O bando paramilitar cobra por “serviços” como sinal clandestino de TV a cabo, além de controlar a venda de botijões de gás, água mineral, cestas básicas e segurança.