Aborto é assunto mais comentado no Twitter

A ministra Rosa Weber é quem vai relatar se o aborto vira crime ou será liberado

Mobilizados pela audiência que começou a discutir ontem, no Supremo Tribunal Federal (STF), a liberação do aborto até a 12ª semana de gestação, usuários do Twitter estão reunindo milhares de postagens com a hashtag #NemPresaNemMorta, que já figura entre os tópicos mais populares da rede social no Brasil.
A sessão do STF, de caráter público, foi instalada em razão do ajuizamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, de iniciativa do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e do Anis – Instituto de Bioética, e terá continuidade na próxima segunda-feira (6), contando com a participação de diversos especialistas no assunto.
Atualmente, a legislação brasileira considera legal o aborto em três circunstâncias: quando a gravidez resultar de um estupro, no caso de fetos anencéfalos ou caso a gestante esteja correndo risco de vida. A audiência foi convocada pela ministra Rosa Weber, relatora da ADPF no tribunal.
Entre as publicações dos internautas no Twitter, encontram-se reproduções de falas dos expositores convocados pela Corte e opiniões favoráveis à descriminalização do aborto no país. “Educação para decidir, contraceptivos para prevenir, aborto legal e seguro para não morrer!”, escreve uma jovem.
“Homens contra o aborto, algumas sugestões: não abortem quando engravidarem; usem camisinha sempre para não engravidarem as moças”, declara, de forma mais contundente, outra internauta, com quase 12 mil seguidores.
Contrário à descriminalização, um estudante de engenharia de 22 anos, deixa claro seu posicionamento: “Diga não ao assassinato de fetos humanos indefesos!”
Mais ponderado, outro internauta afirma que a questão do aborto é “delicadíssima”. “Não é algo simplista de ’SIM! Meu corpo minhas regras’ e nem de ’NÃO! É assassinato e atentado contra a fé cristã’”.
Durante a abertura da audiência de hoje (3), a presidente do STF, Cármen Lúcia, ressaltou que todas as opiniões são legítimas e devem ser ouvidas. “Ainda que para depois divergir. Só é possível divergir se conhecer”, acrescentou.

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