Leilão A-6 de energia eólica deve contratar 1,5 GW

Turbinas eólicas em praia de Fortaleza, no Ceará
(Paulo Whitaker-Reuters)

Marcado para o dia 31, o próximo leilão A-6 de energia eólica deve contratar 1,5 GW, que estarão disponíveis para consumo em 2024. É praticamente o mesmo valor contratado em 2017, segundo a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum.

“A expectativa é contratar mais ou menos o que foi contratado no ano passado, mantendo certa estabilidade, apesar da crise econômica. E para o ano que vem a gente está esperando a retomada do crescimento econômico e mais contratação”, afirmou Elbia.

De 2017 até agora, o setor aumentou 2 GW no sistema e manteve a taxa de crescimento em torno de 22%. “Leilão competitivo, com contrato estável de 20 anos. É isso que atrai investimentos. É claro que no caso da eólica, por ser uma fonte renovável, os outros países estão observando este movimento e os investidores também.”

Com o avanço da tecnologia, caíram em torno de 30% os custos do setor nos últimos cinco anos, disse a presidente da associação. “Você tem um ganho de produtividade muito alto e uma redução do custo. Hoje é a segunda fonte de energia mais barata do Brasil, quiçá a mais barata, porque se considerar [a produtividade da Usina de] Belo Monte e comparar com o preço do leilão, a eólica é a mais barata do país.”

O consumidor também ganha com esse movimento, segundo Elbia, pois 10% da tarifa de luz vêm da energia eólica e, na medida em que se expande, o avanço ocorre e há uma espécie de “mix tarifário”, levando à possibilidade de redução de custos.

Elbia Gannoum participou da 9ª edição do Brazil Windpower, no Centro de Convenções SulAmérica, na Cidade Nova, região central do Rio de Janeiro. O encontro é realizado pela ABEEólica, pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), que atua na abertura de mercados de energia eólica pelo mundo, e pelo Grupo CanalEnergia.

Agência Brasil

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