Brasil integra comissão com mais 11 países para investigar crise

Protesto contra o governo de Daniel Ortega, em Manágua, capital nicaraguense – Oswaldo Rivas/Reuters

Sem o reconhecimento do governo nicaraguense, o Grupo de Trabalho, criado pelo Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), está em suspenso, pois aguarda para designar integrantes e definir as ações. Criado há 12 dias, o grupo tem a missão de levantar informações e analisar a situação na Nicarágua em crise há quase quatro meses.

Oficialmente, a OEA quer que o Grupo de Trabalho contribua para buscar soluções pacíficas e sustentáveis para o governo do presidente Daniel Ortega em comum acordo com as organizações não governamentais e a Igreja Católica, que iniciou a mediação do diálogo. Há os que defendem a realização de eleições e o fim do governo Ortega.

Participam do grupo 12 países: Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, México, Guiana, México, Panamá e Peru. Ainda não há diplomatas designados.

A criação do Grupo de Trabalho durante sessão do Conselho Permanente da OEA gerou discussões acaloradas. A aprovação contou com 20 votos a favor, quatro contra (Bolívia, Nicarágua, San Vicente e Granadinas, além da Venezuela), oito abstenções (Barbados, Belize, El Salvador, Guatemala, Haiti, San Kitts e Nevis, Suriname, Trinidad e Tobago) e dois ausentes (Dominica e Grenada).

Na sessão, os representantes da Nicarágua e Bolívia acusaram de ingerência na política o Brasil e demais países que apoiaram a criação do Grupo de Trabalho.

 

 

 

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