Dilúvio da CEDAE destrói casas em Nova Iguaçu

Rompimento de uma tubulação na madrugada de hoje deixou moradores em desespero (Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje)

“Parecia um dilúvio”, disse a garçonete Andressa Oinhos, de 29 anos, moradora do bairro São Francisco, região do KM 32, em Nova Iguaçu, que teve a casa destruída pela água que jorrava do rompimento de tubulação da CEDAE que passava próximo da casa na madrugada de hoje. O relógio marcava 1h30 quando o incidente aconteceu. Andressa dormia com o esposo e dois filhos de sete e oito anos. O barulho ensurdecedor fez com que todos levantassem em pânico. Em poucos segundos, a água invadia a casa, surgindo de todos os lados.

Ainda sem entender o que acontecia, a família buscava inutilmente abrigo em alguma parte da casa, ainda não sabendo que toda a estrutura estava comprometida. Se escorando em pareces que começavam a se curvar, eles saíram da casa, quem veio ao chão fogem em seguida. Preservada a vida, todo o resto foi perdido: roupas, móveis e eletrodomésticos foram destruídos. “Só deu tempo de sair de casa, graças a Deus estamos vivos. Foi um sufoco”, disse ainda assustada à reportagem quase 12 horas após o acidente.

Além da casa, que precisará ser demolida, Arlindo perdeu o carro

Outra vítima da impiedosa pressão da água foi Arlindo Sandro do Nascimento, 42 anos, que também teve como despertador o estrondoso som. “Escutei um barulho muito forte e vi a água subindo. Saí com todo mundo de casa e vi tudo sendo destruído. Minha preocupação foi controlada pela certeza de que todos os meus estavam bem. O resto é recuperável”, disse.

Nas ruas, pertences das vítimas estavam expostos, como também escombros das duas casas mais afetadas. Os imóveis foram interditados pela Defesa Civil, que constatou o comprometimento grave nas estruturas: ambas precisarão ser completamente demolidas. Funcionários da empresa negociaram compensações com os proprietários das casas.