Estudantes da EJA de Mesquita aptos ao mercado de trabalho

Além de seguir o currículo padrão as escolas, curso da EJA oferece orientação e incentiva alunos na busca por uma profissão

“É importante não atrasar nunca, controlar o nervosismo, dar respostas objetivas para evitar se enrolar, e nunca mentir”, sentenciou Erick Garcia, consultor do Centro de Integração Empresa-Escola, CIEE, para um auditório lotado na Escola Municipal Governador Roberto Silveira, no bairro de Edson Passos, em Mesquita. A palestra foi para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede municipal e fez parte do “II Encontro de Orientação Profissional EJA” realizado na cidade. Além do consultor, o coordenador de Trabalho e Renda da Secretaria Municipal de Trabalho, Agricultura e Desenvolvimento, Luiz Antônio Campos Vilela, também participou.
A plateia era formada por alunos, jovens e adultos, matriculados no segundo ciclo do Ensino Fundamental (6ª a 9ª séries) da EJA da rede de ensino de Mesquita. Atentos, os estudantes dedicaram parte da tarde de uma sexta-feira, 10 de agosto, para receber dicas de como elaborar um currículo, sobre como são os processos seletivos, sobre marketing pessoal e postura profissional. “A atividade teve o objetivo de trabalhar com os alunos questões práticas para a busca de uma oportunidade no mercado de trabalho”, explicou Campos Vilela.
Como se portar, o que vestir e o que levar para uma entrevista de emprego, também foram temas tratados ao longo do ciclo de conversas, que tinha como principal objetivo integrar a educação formal com a qualificação profissional destes estudantes – todos já em idade economicamente ativa.
Os encontros de orientação são mais uma das ferramentas usadas pela equipe da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) de Mesquita para preparar melhor e incentivar os matriculados na EJA a buscar qualificação e melhores posições no mercado de trabalho. Outra prática comum é também estimulá-los a continuar em formação, mesmo após a conclusão do Ensino Fundamental.
Foi o que aconteceu com Ângelo Máximo, de 39 anos. Ele recebeu as dicas enquanto frequentava a sala de aula na Escola Municipal Vereador Américo dos Santos, como aluno da EJA. Hoje é estudante do Instituto Federal do Rio de Janeiro, Unidade de Nilópolis e frequenta o curso de Manutenção e Suporte em Informática. Passou a se inspirar em parte dos novos colegas de classe para acreditar que a educação profissional pode lhe trazer outras oportunidades. “Todos da sala estão participando das aulas práticas. Além disso, temos colegas que já estão trabalhando e com muitos clientes com as técnicas que aprenderam”, afirma Ângelo Máximo.
Alice Moraes é outra ex-aluna da EJA de Mesquita que atualmente está matriculada no Instituto Federal do Rio de Janeiro. Além dela e de Ângelo, outras 11 pessoas que finalizaram esta modalidade de ensino foram aprovadas na seleção, para um curso técnico, realizada no fim do semestre passado, pela instituição técnica mantida pelo governo federal. Todas conseguiram bolsas.
Alice Moraes cursa Manutenção e Suporte em Informática, na unidade de Nilópolis. “Com frequência, registro o diferencial que essas aulas representam para cada um de nós. O retorno será sempre positivo, pois sabemos que muitos vão ajudar no orçamento familiar a partir do aprendizado no curso”, disse ela.

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