MC G3 é assassinado em casa com tiros nas costas

MC G3 foi morto em casa Foto: Reprodução Facebook

A família do funkeiro Paulo César da Silva, mais conhecido como MC G3, de 37 anos, acredita que os criminosos que o mataram eram conhecidos do músico. De acordo com a mãe de G3, Luisa da Silva, de 51 anos, não havia sinal de arrombamento na residência onde ocorreu o crime, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela foi a primeira a chegar no local, após ficar preocupada com o sumiço do filho.

“Mataram o meu filho. Para quem eu vou me ajoelhar toda a noite pedindo proteção? Ele era muito querido por todos, foi uma covardia o que fizeram com ele”, disse ela, emocionada.

Luisa conta que tentou falar com o filho por telefone na noite da última terça-feira, mas sem sucesso, já que Paulo César não atendeu. Após o dia inteiro preocupada, por volta das 18h desta quarta-feira, ela foi até a casa dele, a Rua 14 de Julho, no bairro Vila São Luís, para saber o motivo do sumiço.

Quando chegou no local, a mãe percebeu que o portão estava aberto e as luzes, apagadas. Ao entrar na casa, se deparou com o corpo do filho na entrada do quarto. G3 levou três tiros nas costas, de acordo com informações dos peritos passadas à família.

“A gente nunca esperou que ele fosse morrer assim, com tiros. Eu nunca vou esquecer daquela cena, ver o corpo do meu filho jogado ali no chão. Tiraram o meu filho de mim por coisas banais. Não vou ter mais o filho junto de mim. Que levassem tudo, carregassem a casa nas costas, mas deixassem a vida do meu bem mais precioso”, disse a mãe, que esteve com outros familiares no IML de Duque de Caxias nesta quinta-feira para fazer a liberação do corpo.

De acordo com um parente que não quis se identificar, Paulo César sempre disse que não tinha medo da morte, mas sim da covardia humana.

 

Suspeitos detidos e troca de mensagens

 

Luisa conta que a última vez que esteve com o filho foi no domingo, Dia dos Pais, quando o músico foi até a casa dela, em Cordovil, na Zona Norte do Rio, para almoçar com a família. Na ocasião, ele levou a filha, de 11 anos.

MC G3 é conhecido pela música “O general chegou”, que foi adaptada pela torcida do Flamengo como “o Guerreiro chegou”, em homenagem ao atacante Paolo Guerrero. Segundo Luisa, o filho sempre mostrou que queria seguir carreira artística e desde os 8 anos já gostava de cantar e compor músicas. Ele era filho único.

Quatro suspeitos do crime foram detidos e encaminhados para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), responsável pela investigação. Um celular encontrado pela polícia tem mensagens trocadas pelos suspeitos sobre o crime: “Fazer o bagulho rápido, não pega vários bagulhos não. Só os ‘ouro’ e o dinheiro? Entra no carro e vem, filho. Tu traz o video game”, diz um trecho dos diálogos.

Ainda de acordo com parentes de G3, a Polícia Civil acredita que o crime tenha acontecido durante a madrugada de terça para quarta-feira. Segundo o relato passado pelos peritos à família, pelas condições do corpo quando foi encontrado, o crime teria acontecido dez horas antes.

Os vizinhos contaram à família que ouviram gritos de socorro durante a madrugada, por volta das 3h, mas acreditaram ser um morador de rua conhecido na região, que tem o hábito de ficar gritando nas ruas.

Foram levados da casa do músico um cordão de ouro, roupas, pares de tênis, um vídeo game e a chave do carro. G3 morava sozinho havia pouco mais de um ano. Ele será enterrado nesta sexta-feira, no Cemitério de Irajá. O horário ainda não foi informado.

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