Músicos fazem homenagem ao Mc G3 no cemitério de Irajá

Parentes, amigos e músicos no velório de Mc G3 cantaram “O general chegou”, um de seus maiores sucessos

Parentes, amigos e músicos acompanham o velório de Paulo César Silva, conhecido como MC G3, de 37 anos, que acontece desde as 9h desta sexta-feira, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte da cidade. Sentada a poucos metros do caixão, a artesã Maria Luísa da Silva, de 51 anos, que é mãe de MC G3, deixa escapar, entre as lágrimas, frases de indignação sobre a morte do filho. “Levassem tudo, mas deixassem ele vivo”, “era o meu meninão”, balbuciava ela.
Antes de o corpo ser retirado da capela, funkeiros prestaram uma homenagem cantando uma música de G3 em frente ao cemitério. Paulo Cesar é conhecido pelo funk “O general chegou”, que foi adaptada pela torcida do Flamengo como “o Guerreiro chegou”, em homenagem ao atacante Paolo Guerrero.
“O funk perde um general, um arquiteto da música carioca”, diz Mc Bobô, integrante da roda de funk de São Gonçalo. Maria Luísa foi a primeira a encontrar o corpo do filho, por volta das 18h de quarta-feira, na casa dele, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com a Polícia Civil, o músico foi morto com um tiro nas costas, na madrugada daquele mesmo dia. Quatro suspeitos do crime, sendo três menores, foram detidos na quinta-feira e encaminhados para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), responsável pela investigação.

Segundo a mãe de Mc G3, os criminosos simularam o interesse em contratar um show do músico e armaram uma emboscada. “Seguiram meu filho e depois fizeram contato dizendo que queriam contratar um show. Eles iriam pagar 50% antecipado. E aí fizeram o que fizeram. Roubaram e mataram meu filho. Ele era muito bom, querido por todos. Deixou uma filha de 11 anos. Era a única coisa que eu tinha. Mataram um pedaço de mim”, chora Maria Luísa.
Todos os quatro detidos são moradores do Morro do Dendê, na Ilha do Governador. Após serem ouvidos, os três menores foram levados na tarde desta quinta-feira para o Ministério Público estadual, que decidirá sobre a detenção em unidades de Belford Roxo ou Ilha do Governador. A Polícia ainda vai ouvir um quinto envolvido no caso, que também é menor de idade.

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