Dez são presos por agiotagem no Rio em operação da Secretaria de Segurança

Documentos apreendidos durante operação Foto:

Nove pessoas foram presas em cumprimento a mandado de prisão e uma outra presa em flagrante nesta segunda-feira por agiotagem. Policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (DRACO/IE), com apoio da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Secretaria de Segurança e da Polícia Judiciária da Força Nacional, deflagraram nesta segunda-feira a operação “Anatocismo”, no Centro do Rio de Janeiro e em São Gonçalo, na Região Metropolitana.

O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa, responsável pela prática de empréstimos a juros abusivos e extorsões.empréstimos a juros abusivos e extorsões Centenas de planilhas foram apreendidas, além de telefones celulares com chamadas referentes aos empréstimos, computadores e documentos variados.

Imagens feitas pelas equipes mostram policiais fazendo buscas e analisando documentos encontrados em escritório de agiotas.

O grupo era formado por três núcleos principais: o primeiro realizava diretamente os empréstimos. O segundo atuava na cobrança, inicialmente através de ligações telefônicas, em que os integrantes se apresentavam como “agiotas”. Eram utilizados vários nomes: Dr. França, Dr. Valadares, Dr. Maurício, Dr. Willian, Dr. Teodoro, Dr. Matias, Dr. Carlos, Dr. Gustavo, Dr. Rodrigo Nogueira entre outros.

Já o terceiro núcleo era formado pelos responsáveis pelos saques em caixas eletrônicos e bancos, nas contas- correntes de pessoas que sofreram a extorsão.

De acordo com o delegado Alexandre Herdy, titular da DRACO/IE, a organização criminosa atuava há pelo menos 3 anos:

” Centenas de pessoas, em vários municípios do estado, foram vítimas dessa organização criminosa. Alguns dos agiotas se identificavam como Inspetores de policia e policiais civis lotados na Corregedoria. Com a prisão desses integrantes, acreditamos que outras vítimas procurem a polícia”, afirma o delegado Alexandre Herdy.

Além de cobrarem valores abusivos e juros sobre juros, os investigados intimidavam as vítimas (ex-clientes), seus familiares e amigos próximos, ameaçando colocar os “cobradores de rua” para ir às residências retirarem pertences para quitação dos valores devidos.

 

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