PMs são presos por suspeita de envolvimento com milícia no Rio

Com os suspeitos, foram aprendidos duas pistola calibre 9mm, sendo uma delas com kit rajada, R$ 2.200 em dinheiro e um caderno contendo anotações de pagamentos Foto: Divulgação

Dois policiais militares foram presos administrativamente após ação da Corregedoria da corporação na manhã deste domingo, no bairro de Cosmos, Zona Oeste. No local, era apurada uma denúncia de que homens ligados a milícia que atua naquela região iriam cobrar ambulantes que trabalhavam em uma feira na Rua Pequia, utilizando armas de fogo. Os PMs, segundo a corregedoria, foram flagrados fardados conversando com um dos suspeitos. O cabo e o sargento foram levados pelos agentes “pela necessidade de investigação”.

Em relação à denúncia sobre a cobrança aos ambulantes e envolvimento com a milícia, os policiais prenderem três suspeitos. Eles foram identificados como Jairo Corrêa de Andrade, Anderson Santos da Silva e Cristiano da Silva Queiroz. Com eles, foram apreendidos duas pistolas calibre 9mm, sendo uma delas com kit rajada, R$ 2,2 mil em espécie e um caderno contendo anotações de pagamentos. Eles foram levados para a 34ª DP (Bangu).

Com Anderson, também foram encontradas três notas promissórias. Ainda foi apreendido o veículo VW/Voyage de cor prata que apresentava a placa AYQ-3698-RJ. Após consultas aos bancos de dados, o carro foi constatado como sendo produto de roubo/furto, cuja placa original é PUR-6836-MG. No veículo foram encontradas mochilas, duas capas de colete da PM, seis carregadores de 9mm, munições, gás de pimenta, touca-ninja, algemas, telefones celulares, coletes balísticos, cintos táticos, pares de coturno e dois pássaros silvestres.

De acordo com a corregedoria, os dois policiais permanecerão presos administrativamente conforme o Art. 30, à disposição do Comandante Geral. As investigações prosseguem.

No último dia 8, quatro homens também foram detidos pela Corregedoria acusados de extorquir comerciantes em Realengo, também na Zona Oeste. Os cadernos de anotações encontrados com o grupo descrevem cobranças de valores em torno de R$ 600 semanais. Os comerciantes eram obrigados a pagar por um suposto serviço de segurança armada. A corregedoria ainda investiga para comprovar ou não a participação de agentes públicos.

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