Mais de 11,2 mil crianças estão sob custódia nos EUA

De janeiro a setembro deste ano, mais de 11.254 crianças estrangeiras foram colocadas sob custódia de famílias nos Estados Unidos (EUA), após tentarem, sozinhas ou acompanhadas, entrar ilegalmente no país, informaram as autoridades norte-americanas. A estimativa foi divulgada pelo Senado.

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, sigla em inglês) calcula que o destino de 1.488 crianças ainda seja desconhecido. Essas 1.488 crianças são aquelas que o departamento são conseguiu contatar entre 1º de abril e 30 de junho.

Para o Senado norte-americano, as crianças consideradas “perdidas” são as que o Departamento de Saúde e Serviços Humanos não dispõe de registro do local ou das famílias para as quais foram enviadas.

Há ainda informações de crianças detidas sozinhas, na fronteira com o México, e de outras acompanhadas dos pais, presos em território norte-americano, em conseqüência da política de “tolerância zero” para imigração ilegal do governo de Donald Trump.

As famílias chamadas de “patrocinadoras” acolhem os menores, após sua permanência temporária em abrigos. Em centenas de casos, os responsáveis legais são deportados e as crianças permanecem nos Estados Unidos.

Uma comissão bipartidária do Senado defende que o governo deve esclarecer a situação das crianças, filhas dos imigrantes deportados, e garantir a segurança delas. Para isso, propõe um projeto denominado Lei de Responsabilidade por Menores Desacompanhados.

Apresentado quarta (19), o projeto pretende acrescentar 225 juízes de imigração para reduzir o atraso na análise desses processos. Também recomenda que os designados para custódia tenham fiscalização constante do governo para verificar as condições nas quais as crianças estão expostas.

O senador democrata Richard Blumenthal defendeu que as crianças não sejam colocadas em situações sujeitas à negligência. “Crianças que arriscam suas vidas em uma travessia perigosa em busca de asilo não devem se preocupar em ser vítimas de tráfico humano ou serem entregues a adultos abusivos ou negligentes nos Estados Unidos”, afirmou nas redes sociais.

 

 

 

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