Os cerca de 20 criminosos que explodiram um Banco do Brasil (BB) no Centro de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, na madrugada de sexta-feira (21), fecharam ruas no entorno e um dos integrantes fez ronda de moto para ver se havia policiais na região antes do ataque. Um ônibus foi parado, os passageiros expulsos e o veículo atravessado na Rua Manuel Francisco Rosa, paralela à da agência. Na Gessyr Gonçalves Fontes, onde fica o banco, barracas de feira foram colocadas no meio da via.
O criminoso de moto deu o “ok” de que não havia policiais no entorno, dando início à explosão do banco. A PM acabou chegando ao local. Em seguida, por volta das 4, houve uma intensa troca de tiros com os criminosos, alguns deles de fuzis. O crime aconteceu a poucos metros da Secretaria Municipal de Ordem Pública do município, local onde uma testemunha se abrigou.
“Eu faço caminhada todo dia nesse horário. O que estava fazendo ronda passou por mim de moto e cheguei a pensar que seria um roubo, ele colocou a pistola na direção da minha boca. Eu fui me abrigar perto da secretaria. De repente teve a explosão, foi um barulho muito forte”, contou o homem.
Após o confronto com a polícia, os bandidos ainda renderam funcionários e clientes de um posto de combustíveis a Rua Getúlio de Moura, transversal à via onde ocorreu a explosão. Eles roubaram o carro de um casal que abastecia e fugiram. A rua onde fica o Banco do Brasil é conhecida como a “rua dos bancos”, devido ao grande número de agências bancárias.
A Polícia Civil fez uma perícia na agência bancária e policiais do batalhão da PM da cidade encontraram três pés de cabra abandonado pelos bandidos. A Secretaria de Defesa Civil de São João de Meriti fez vistoria no prédio para verificar se há risco de desabamento, mas não deram informações sobre o trabalho (O Dia).