‘Não vai ter golpe” foi o mantra das manifestações

Convocados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) os atos aconteceram, segundo a entidade, em 23 estados Fotos: Paulo Pinto/Agência PT

Convocados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) os atos aconteceram, segundo a entidade, em 23 estados
Fotos: Paulo Pinto/Agência PT

Em uma quinta-feira marcada por atos populares contra o impeachment, a favor da democracia, e contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, manifestantes ocuparam as ruas de 15 capitais: AC, AL, AP, BA, CE, ES, GO, MS, PA, PB, PE, PR, RJ, RS e SP. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), em parceria com outras entidades, convocou movimentos em 23 estados brasileiros.
Pela manhã, ao menos dez cidades, de dez estados, receberam manifestações contra o impeachment. Segundo números de organizadores, o maior ato foi na capital paranaense, onde 5.000 pessoas teriam participado da passeata (a PM estima o número de presentes em 600).
Em Campo Grande, professores municipais e trabalhadores ligados à CUT entoaram gritos de “não vai ter golpe”. A manifestação teve fim às 11h. O ato de Salvador foi o segundo a terminar, às 11h45, quando os manifestantes chegaram à sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).
Às 12h, a manifestação de Fortaleza foi encerrada em frente à reitoria da Universidade Federal do Ceará. Lá, professores em greve criticaram o ajuste fiscal proposto pelo governo. Segundo a organização, participaram do movimento mil pessoas. Em Curitiba, o protesto teve fim por volta das 13h. De acordo com as centrais sindicais e movimentos sociais organizadores, o ato contou com aproximadamente 400 manifestantes se expressando de forma pacífica. Assim como em Fortaleza, a Polícia Militar não divulgou sua contagem de participantes.
Na capital de Alagoas (Maceió), o movimento, que durou duas horas, também teve fim às 13h. A PM informou que cerca de 500 pessoas participaram de uma caminha pró-Dilma. Para a CUT, número é mais alto e chegou a 1,2 mil manifestantes. Para encerrar as atividades, que criticaram Cunha e a política empregada pelo ministro Joaquim Levy, os presentes organizaram um abraço simbólico em frente ao Palácio República dos Palmares, sede do governo de Alagoas.
na Paraíba, no qual manifestantes se encontraram no Parque Solon de Lucena, no centro de João Pessoa, e se deslocaram em direção à Campina Grande, no agreste paraibano, o movimento foi até o início da noite.
Em Porto Alegre, o PT e partidos da base aliada fizeram caminhada a partir das 17h, cujo começo foi na Paróquia Pompéia, na região central. Cerca de 1,5 mil militantes, representantes de classe e membros de movimentos sociais puxaram a manifestação gaúcha.
Protestos contra o impeachment da presidente Dilma também ocorreram em Belo Horizonte. Na capital mineira, a concentração foi às 16h, na Praça Afonso Arinos, com 1.170 pessoas confirmadas em um evento criado na rede social Facebook para divulgar o ato.
Em São Paulo, os movimentos estimam que mais de 50 mil pessoas foram às ruas. Até quarta-feira estavam confirmados 350 ônibus para o transporte dos manifestantes até o Largo da Batata, local da concentração, às 17h. De lá seguiram até a Avenida Paulista, passando pelas Avenidas Faria Lima e Rebouças.

 

Presidente do PT vibra com as manifestações

O presidente do PT, Rui Falcão, disse: “É a maior manifestação que já tivemos porque reúne todas as capitais, outras cidades, movimentações em defesa da democracia contra o golpe e também para movimentos sociais apresentarem suas mobilizações por mudanças”. “É preciso que o país defenda movimentos para avançar”, diz. “Há um congresso de maioria conservadora e pra se realizar reformas é preciso que haja mobilização popular”, acrescentou.
No Rio de Janeiro, o ato teve concentração na Candelária, no Centro da cidade, às 16h. Alternando gritos de “Fora Cunha” e “Não vai ter golpe”, os manifestantes caminharam pela avenida Rio Branco em direção à Cinelândia.

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