Quase 40% dos policiais avaliados psicologiamente não apresentavam problemas

A Polícia Militar conseguiu um reforço significativo para ações de patrulhamento, mesmo sem abrir um concurso: 377 homens, um efetivo maior que o do 17º BPM (Ilha do Governador). A tropa vem aumentando desde agosto, quando juntas médicas da Marinha, do Exército e da própria corporação começaram a avaliar licenças psiquiátricas. Para surpresa dos examinadores, 35,7% dos 1.054 casos avaliados até a última quinta-feira não apresentaram qualquer problema de saúde física ou mental. O Gabinete da Intervenção Federal mobilizou psiquiatras das Forças Armadas, que, em parceria com médicos da PM, receberam a missão de avaliar todas as licenças. Até o fim do ano, outros 1.506 casos deverão ser examinados.

Com uma tropa de 44.384 homens, a PM tinha, em abril, 6.752 afastados por problemas de saúde. Destes, quase a metade — 3 mil — se encontrava fora das ruas por conta de licenças psiquiátricas. Os policiais afastados por problemas mentais ficam em casa ou trabalham, desarmados, dentro de batalhões, desempenhando apenas funções administrativas. Nas avaliações psiquiátricas da Polícia Militar, há quatro possibilidades de resultado. Somente os PMs considerados “aptos A” fazem patrulhamento ou operações. Os “aptos B” têm condições de trabalhar armados, mas apenas na proteção de quartéis. Os incluídos na categoria “C” só exercem funções administrativas, sem uso de armas, e os que são enquadrados na “D” ficam em casa. Dos 3 mil PMs afastados das ruas até agosto, 2.300 estavam em funções administrativas e 700, em casa. Mais medidas estão sendo tomadas para reforçar o policiamento nas ruas. Uma delas é a convocação de PMs cedidos a vários órgãos públicos —o Gabinete da Intervenção Federal anunciou a intenção de voltar a contar com 2.322; mas, por enquanto, conseguiu o retorno de 301 aos batalhões.

 

error: Conteúdo protegido !!