Bandeira de Mello responde a duas denúncias por, supostamente, ter infringido o estatuto do clube
(Gilvan de Souza/Flamengo)

O ano de 2019 pode não ser nem de perto como Bandeira de Mello imaginava. Derrotado no pleito eleitoral para deputado federal no Rio de Janeiro, o atual presidente do Flamengo pode acabar até sendo expulso do quadro de sócios do clube no próximo ano.
Bandeira de Mello responde a duas denúncias por, supostamente, ter infringido o estatuto do clube. O presidente flamenguista é acusado de usar a imagem do Rubro-Negro em sua campanha eleitoral. O caso está sendo analisado pelo Conselho Deliberativo.
Segundo informações do UOL Esporte, Bandeira de Mello será julgado pelo Conselho Deliberativo após o encerramento de seu mandato – que vai até o fim de dezembro – e tem grandes chances de ser excluído do quadro de sócios do clube. A denúncia é referente a interferência na decisão do Conselho de Administração sobre as eleições do clube.
A decisão não será votada em 2018 porque o presidente do Flamengo tem foro privilegiado. Segundo regras do clube, para se abrir sessão que envolvesse suspensão ou eliminação do quadro social, seria necessário pelo menos 700 conselheiros presentes. Internamente, chegou-se a conclusão que o melhor é esperar o término do mandato de Bandeira de Mello.
A ideia é que os trâmites sejam concluídos no fim de 2018. Inicialmente, a Comissão de Inquérito dará o parecer sobre a denúncia. Posteriormente, Bandeira será chamado a depor.
“Fiz o que precisava fazer, sempre em defesa do estatuto e respaldado pelo nosso departamento jurídico, que analisou a matéria com isenção e competência. A decisão do juiz comprova que agimos corretamente. Por tudo isso, não estou preocupado com punição. Ao contrário, acho que está claro para todos que trata-se de mais uma manobra eleitoreira partindo de simpatizantes de uma das chapas de oposição. Agirei sempre em defesa dos interesses do clube, sem me preocupar com ameaças de quem quer que seja”, disse Bandeira de Mello.
Entenda o caso
O processo começou quando Bandeira de Mello, como representante do Flamengo, se posicionou na Justiça contra a decisão do Conselho de Administração e da Comissão Eleitoral de anular a cor azul do pleito rubro-negro.
Duas chapas protocolaram suas candidaturas com a mesma cor – associada a recuperação fiscal do clube. Os integrantes do Conselho acreditam que Bandeira de Mello não deveria se manifestar.