Policiais suspeitos de integrar milícia que age na Baixada são presos

Os botijões encontrados num depósito de gás da milícia Foto: Divulgação

Sete policiais militares foram presos, na manhã desta quinta-feira, durante uma operação da Polícia Militar que visa a prender integrantes de um a milícia que age na Baixada Fluminense. Outras três pessoas também foram detidas, entre eles o dono de depósitos de gás, conhecido como Kadu. De acordo com as investigações, o grupo faz empréstimos com juros extorsivos, cobra taxas na venda de botijões de gás e de água, atua em grilagem, em extração de terra e também explora o transporte alternativo feito com vans, kombis e motocicletas.

Os agentes visam a cumprir, ao todo, 15 mandados de prisão preventiva — dez deles contra policiais — e outros 22 de busca e apreensão em bairros do município de Nova Iguaçu. Fiscais da Agência Nacional do Petróleo (ANP) estão em apoio aos policiais.

As investigações da Corregedoria apontam Kadu como dono de 27 depósitos de gás — número que impressionou os agentes. Para conseguir comprar os comércios a um preço abaixo muito abaixo do mercado, a quadrilha extorquia dinheiro dos donos — uma taxa para que pudessem funcionar —, que acabavam não conseguindo pagar. Para quitar a dívida, vendiam os depósitos.

 

Sete policiais civis são presos

 

Em outra ação, essa da Corregedoria Interna (Coinpol) da Polícia Civil, foram presos, na manhã desta quinta-feira, dois delegados e sete investigadores. O bando foi denunciado por denunciados por organização criminosa, extorsão mediante sequestro, concussão e prevaricação.

Foram presos os delegados Leonardo Guimarães de Godoy Garcia Grivot, plantonista da 52ª DP (Nova Iguaçu), e Matheus de Almeida Romanelli Lopes, titular da 53ª DP (Mesquita). Também estão presos os inspetores Carlos Alberto Falcão, Cosme de Araújo Conceição, Leonardo Ferreira Amaral e Sérgio Bezerra de Andrade. Paulo da Silva Carvalho não foi encontrado em casa mas se apresentou na Coinpol.

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