Alerj, por Ronaldo Ferraz e Pereirinha – 20/10

Caixas Pretas

No ano passado, comentou-se abertamente que a CEDAE obtivera no ano anterior, 2016, um lucro que seria superior a R$ 4 bilhões.
Como conseguira esse milagre se os dirigentes da empresa declaravam e ainda declaram que a CEDAE não dispõe de dinheiro para investir na manutenção e ampliação das redes de água e esgoto?
A CEDAE é uma das empresas e autarquias públicas que dispõem de duas fontes de receita, originárias, uma pública; e outra dos usuários, ou seja, as duas, na verdade, saem dos bolsos do povo.
Agora, por que o estado tem que tirar dos minguados orçamentos da saúde, da educação e da segurança pública para atender às supostas necessidades da CEDAE, do DETRAN, da LOTERJ, da JUCERJ, que são órgãos cujas arrecadações ninguém, com certeza, sabe o montante em reais de cada uma.
O Tribunal de Justiça, por exemplo, tem a segunda maior arrecadação do estado; seguido do DETRAN. Mas ninguém sabe, de fato, qual é a arrecadação do TJ com emolumentos e taxas judiciárias; nem do DETRAN, com emplacamento e vistoria de veículos, além de exames de vista e autoescolas.
Será que alguém sabe quanto a Loterj arrecada com os sorteios dos jogos que administra e quanto destina às instituições filantrópicas e de caridade? E quanto à CEDAE? O que ela faz com o nosso dinheiro?
Essas são as “Caixas Pretas” que chamaram a atenção da coluna ao analisar os decretos do governador Pezão, publicados nos D.Os. de setembro, mexendo nos orçamentos do TJ, da Alerj, do Detran e da Loterj, em que achamos estranho o fato de Pezão interferir na gestão financeira de outros poderes, como a Alerj, quando meteu a mão em R$ 66 milhões.

 

Gestão Fiscal da CMRJ

O DCMJ, de 4 deste mês, publica o relatório da gestão fiscal da Câmara Municipal do Rio, relativo aos meses de setembro de 2017 a agosto de 2018, assinado pela diretora de finanças, Lilian Ferreira Pinto; pelo contador-geral Rafael Cabral Ribeiro; e pelo controlador-geral Vinicius Costa Rocha Viana.
De acordo com o relatório, foram movimentados nesse período R$ 436, 740 milhões, que representaram 2, 21% da despesa total com pessoal da Receita Corrente Líquida do município, R$ 20, 780 bilhões.
Ainda nesse período, ficaram inscritos na rubrica de Resto a Pagar, R$ 25, 066 milhões.

 

Somente o Projeto

Vai custar R$ 1, 034 milhão, se ficar pronto até dezembro próximo, o projeto básico de urbanismo para a Orla Marítima de Niterói, compreendendo urbanismo completo.
Isto não quer dizer que as mudanças previstas pelo prefeito Rodrigo Neves para as praias centrais de Gragoatá, Icaraí, São Francisco e Charitas, estejam concluídas no primeiro semestre de 2019.
Vai levar um pouquinho mais de tempo, porque a menina dos olhos do prefeito é a Região Oceânica, onde moram os novos ricos. Só para o projeto do Parque Orla de Piratininga está previsto R$ 17 milhões.

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