Sebrae estimula interação entre escolas de samba e quadrilhas juninas

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Os dirigentes de Campina Grande conheceram os barracões da Mangueira e Beija-Flor na Cidade do Samba
Os dirigentes de Campina Grande conheceram os barracões da Mangueira e Beija-Flor na Cidade do Samba

O que as quadrilhas juninas podem apreender do carnaval carioca? Essa questão levou o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas da Paraíba (Sebrae-PB) a organizar uma visita de dirigentes das quadrilhas de Campina Grande, que fazem a maior festa de São João do país, à Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), buscando intercâmbio entre os dois famosos festejos brasileiros.

O diretor de Carnaval da Liesa, Elmo José dos Santos, disse que está acontecendo com as quadrilhas de festa junina o mesmo que ocorreu há 31 anos com as escolas de samba fluminenses, “quando não tinham nenhuma organização, nem identidade e cada uma fazia o carnaval debaixo do viaduto. Nós começamos do marco zero”, lembrou. Com a criação da Liesa, as escolas de samba puderam se estruturar e desenvolver. O diretor citou que a exemplo do que ocorre no carnaval carioca e em outros eventos regionais, como o Boi de Parintins, no Pará, os participantes de quadrilha da Paraíba têm que ter uma quadra específica para fazer suas apresentações. “Eles são craques em festas juninas, como nós somos craques em samba”, observou.

Os dirigentes de Campina Grande conheceram os bastidores e a organização para o carnaval, além de visitar barracões da Estação Primeira de Mangueira e Beija-Flor e a quadra da Acadêmicos do Salgueiro. Na Cidade do Samba, participaram de uma oficina de adereços na Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebras). “Eu acho que com essa liga ou associação que vão formar, eles vão se fortalecer perante o poder público”, disse Santos.

Os espetáculos juninos se encerra este mês, no país, prevendo-se para novembro a premiação
Os espetáculos juninos se encerra este mês, no país, prevendo-se para novembro a premiação

O presidente da Liesa, Jorge Castanheira, observou que as quadrilhas em Campina Grande não cobram ingresso em sua área de apresentação e que não há arquibancadas, como no Sambódromo do Rio de Janeiro, que possam destacar peculiaridades para o público que assiste às apresentações, o que é um fator negativo. “Eles têm que ter uma arena em que as quadrilhas se apresentem e consigam ser vistas por um número maior de pessoas e por um período maior. É questão de aprimoramento.”
A Liesa destacou a necessidade de integração entre a parte artística e a comercial. “Porque eles são muito carentes de recursos. Cada um faz a sua quadrilha, mas é o próprio grupo que banca. Eles têm apoio pequeno do governo local, não dispõem de condições de investir tanto e têm medo que esse pouco apoio inviabilize o futuro das apresentações”. Castanheira afirmou que para o patamar de investimentos que o carnaval exige a venda de ingressos não suporta os gastos das escolas, que têm de buscar outros meios, entre os quais patrocínios, para compensar as despesas feitas para aprimorar o espetáculo a cada ano.

O presidente da Federação das Entidades de Quadrilhas Juninas da Paraíba (Fequajune-PB) e da União Nordestina de Entidades Juninas (Unej), Edson Pessoa dos Santos, considera importante essa integração com o carnaval carioca. “Nós estamos precisando, aqui no Nordeste, é da questão da produção cultural, de fazer com que o movimento junino cresça. Que não fique só na competição”. O carnaval do Rio pode ajudar nesse sentido. “Foi boa a visita, porque a parte de estruturação, a gente vai aprender”. Ele pretende estender o trabalho a todas as quadrilhas do Nordeste. O ciclo de apresentações de espetáculos juninos se encerra este mês, no país, prevendo-se para novembro a premiação dos melhores do ano do Nordeste, em diversas categorias.

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