Morte de major da PM pode ter sido vingança do tráfico

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O Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar (Bope) continua em operação no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro.
A ação foi deflagrada no fim da tarde de terça-feira (27), após a execução do major da PM Alan de Luna Freire e, até o momento, um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas foi ferido em confronto com os policiais. O crime foi flagrado por câmeras de segurança em Nova Iguaçu e as imagens estão sendo examinadas pela polícia.
Segundo a PM, o suspeito foi encontrado baleado após o tiroteio e foi levado para o Hospital Evandro Freire, mas ainda não há informações oficiais sobre o estado de saúde dele. Ainda segundo a corporação, com o suspeito foi apreendido um fuzil.
A operação no Dendê começou poucas horas depois do assassinato do major da PM Alan de Luna Freire. Ele foi executado no bairro Jardim Esplanada, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Na versão da Polícia Militar, o major trafegava em seu carro particular, quando outro veículo com homens encapuzados e armados com fuzis se aproximou. Nesse momento, os criminosos desceram do carro e fizeram mais de 20 disparos contra o policial, que foi atingido e morreu na hora. Os bandidos fugiram.
O oficial comandava o serviço reservado do Batalhão da Ilha do Governador e, recentemente, teve participação direta em operações que resultaram em prisões e mortes de integrantes da facção que comanda o tráfico de drogas no Morro do Dendê. Por isso, ele estaria recebendo ameaças feitas pelos criminosos da comunidade. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada.
O major Alan de Luna Freire tinha 40 anos, estava na Polícia Militar há 17 e deixa esposa e um filho de três anos.
A polícia vai ouvir parentes e amigos do major para saber como era a vida do militar fora do 17º BPM (Ilha do Governador), unidade onde era lotado. De acordo com o site do Tribunal de Justiça do Rio, em 2007, Luna e um parente, também PM, se envolveram numa discussão que acabou na morte de um policial militar, que seria ligado a uma milícia, em São João de Meriti, também na Baixada. O crime teria ocorrido após uma discussão envolvendo ao todo quatro policiais. O motivo foi um acidente de trânsito seguido de uma agressão praticada contra um amigo de Luna. Em 2014, o oficial e seu parente foram absolvidos pela Justiça das acusações. O segundo por legítima defesa, e o primeiro após ficar provado que não participou da morte.
— Trabalhamos com a hipótese de execução, mas ainda não temos nada de concreto. Uma das linhas de investigação é ligada ao Fernandinho Guarabu. Também vamos ouvir parentes e testemunhas para saber sobre ameaças – disse o delegado Leandro Costa, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

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