Vingança de traficante é principal linha de investigação da polícia para morte de major


PM foi enterrado na tarde desta quarta-feira Foto: divulgação

A Polícia Civil acredita que o responsável pela execução do major Alan de Luna Freire, de 40 anos, seja um assassino profissional. O oficial da PM foi morto a tiros em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na última terça-feira. O carro do policial foi atingido por, pelo menos, 20 disparos de fuzil AK-47, calibre 762. Os tiros foram dados agrupados, todos na altura da maçaneta da porta do motorista.

— Quem matou o major é profissional. Um matador que sabia bem o que estava fazendo. A tática que ele usou é algo que só quem é treinado sabe fazer. A intenção ao dar todos os tiros na altura da porta, de cima para baixo, foi evitar que a vítima se abaixasse e não fosse atingida — explica o delegado Fábio Salvadoretti, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), responsável pelas investigações.

Luna, que foi enterrado nesta quarta-feira no cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita, era lotado no serviço reservado do 17º BPM (Ilha do Governador).

— Ele era extremamente combativo. Atuava contra o tráfico, milícia, contravenção e já combateu a corrupção policial. Tudo será apurado — afirma Salvadoretti, acrescentando que ainda não possui uma linha de investigação principal.

Uma das hipóteses apuradas pela DHBF, no entanto, é a de que o traficante Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, de 39 anos, chefe do tráfico em favelas na Ilha do Governador, esteja envolvido na morte do major. A delegacia vai apurar a informação de que o oficial estaria recebendo ameaças de morte do criminoso. Amigos e parentes do oficial devem começar a ser ouvidos nesta quinta-feira.

A morte de Luna Freire aconteceu por volta das 8h30, na Avenida Pensilvânia, que dá acesso a um viaduto que cruza a Rodovia Presidente Dutra. O carro do major estava parado em um engarrafamento quando um Voyage cortou vários veículos pela contramão e emparelhou ao lado do automóvel do oficial.

Um dos três ocupantes do Voyage disparou, então, um primeiro tiro de fuzil, que acertou a vítima. O bandido, descrito por testemunhas como um homem moreno de capuz, desembarcou e, já encostado ao lado do Toyota de Luna, fez uma uma série de disparos. Em seguida, os bandidos fugiram retornando pelo mesmo caminho de onde vieram.

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