Preso antes de incendiar o carro com dois corpos dentro

Uma história mal contada, um corpo no porta malas do veículo e um homem ferido a tiros no banco traseiro do mesmo, pode custar a Wilson Soares Coutinho Neto, muitos anos de cadeia. Ele foi preso da tarde de domingo (02), em São João de Meriti. E para complicar ainda mais a situação, a policia suspeita de que a quantidade de gasolina despejada no interior do veículo, além de algumas garrafas ainda cheias, indicava que o veículo seria incendiado com os corpos dentro, muito embora um deles ainda estava vivo.
De acordo com policiais militares do 21° Batalhão de Meriti, eles se dirigiam para a praça dos Três Poderes em Vilar dos Teles, quando um veículo Corola, de cor preta e placa não anotada, trafegada pela avenida Presidente Lincoln, no centro, em alta velocidade e pela contra mão. Diante da loucura do motorista os policiais iniciaram uma perseguição, onde o Corola colidiu com outro carro, que estava parado e, mesmo avariado, continuou a fuga.
Ao entrar pela avenida Automóvel Clube, os policiais observaram um veículo Voyage, branco, de placa LMF-8071. Ao ver a viatura policial, o motorista do Voyage, identificado como Wilson Soares Coutinho Neto, ficou nervoso e colidiu contra a calçada. Ao ver a aproximação da PM, tentou fugir, mas acabou preso. No ato da prisão, já desceu com veículo contando a sua versão sobre o fato, dizendo que foi obrigado a transportar aquele corpo, morto a tiros, no porta-malas do carro e o homem baleado no banco. Wilson foi falando e abrindo o porta-malas.
O tempo todo muito nervoso, Wilson se complicou bastante ao relatar a sua versão sobre os homens no interior do seu veículo. O morto foi identificado como Gabriel da Silva Pinto e o baleado como Jonathan da Silva Pinto, irmão do morto. Wilson só não conseguiu explicar quem o obrigou a cometer o ato e o motivo de tanto combustível despejado dentro do veículo e sobre o corpo das vítimas. A polícia descobriu que o veículo está em nome da mãe dos rapazes e suspeita de que o veículo seria incendiado com os dois corpos dentro, sendo um ainda vivo.
Jonathan foi socorrido para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, e Wilson, o contador de histórias, foi levado para a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), onde terá muitas explicações a dar sobre o assunto.

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