Bolsonaro quer juntar Funai ao Ministério da Cidadania

Presidente eleito confirmou que terá um porta-voz
(Valter Campanaro/Agência Brasil)

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou na terça-feira (4) que pretende escolher um porta-voz para a Presidência da República e indicou também que a Fundação Nacional do Índio (Funai) será incorporada ao futuro Ministério da Cidadania. Ao mencionar as questões ambientais, reclamou da demora na concessão de licenças para empreendimentos de infraestrutura e do agronegócio.
Segundo Bolsonaro, a Funai deverá ser integrada ao Ministério da Cidadania, que agregará as áreas de desenvolvimento social, esporte e cultura, sob comando do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS).
“A Funai vai para algum lugar. Para a Agricultura, acho que não, pode ir lá para a Ação Social [em referência ao Ministério da Cidadania]”, afirmou o presidente eleito em entrevista coletiva.
Na reunião que teve mais cedo com a bancada de deputados do MDB, Bolsonaro disse, segundo relatos, que pretende rever a política de demarcação de terras indígenas e áreas quilombolas no país.
Meio Ambiente
O presidente eleito defendeu ainda uma nova política ambiental e voltou a criticar a demora na concessão de licenças para empreendimentos de infraestrutura e do agronegócio.
“O Ministério do Meio Ambiente tem a ver com tudo, não apenas com meio ambiente, obviamente. Mas tem a ver com a infraestrutura, as licenças, tem a ver com a questão do agronegócio.”
Em seguida, Bolsonaro acrescentou: “Você quer fazer uma PCH [pequena central hidrelétrica], não pode levar 8 anos e quem sabe conseguir uma licença. Isso tem que ser de forma mais rápida. O [ministério do] Meio Ambiente vai se enquadrar à realidade da necessidade do povo brasileiro e do meio ambiente”.
Porta-voz
Questionado sobre a possibilidade de ter um porta-voz, Bolsonaro não entrou em detalhes. “Vai ter porta-voz, que logicamente esteja inteirado dos assuntos é queria trabalhar com aquele salário do cargo em comissão.”
O ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, confirmado para a Casa Civil, disse ontem (3) que o presidente eleito terá uma assessoria especial específica para cuidar de sua comunicação pessoal. A estrutura será vinculada diretamente ao gabinete presidencial e deverá ser responsável pela assessoria de imprensa e pela gestão das redes sociais.
Segundo Onyx, a comunicação institucional de governo, incluindo as verbas oficiais de publicidade, será mantida na Secretaria de Comunicação, que ficará sob responsabilidade da Secretaria-Geral da Presidência da República, comandada pelo advogado Gustavo Bebianno.

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