Um lap top pode ser a pista do assassino da universitária

Em um lap top que sumiu da casa de Laryssa da Silva Santos, 23 anos, na quarta-feira (5), data em que ela fora executada, dentro de casa, no bairro Belmonte, município de Queimados, com uma facada no pescoço, pode estar a pista do suspeito do assassinato. Segundo uma fonte da polícia, ela havia perdido o telefone celular e, em função disso, estava se comunicando com as pessoas de sua agenda através do lap top. Não houve arrombamento e nada, além do lap top, fora levado.
A polícia sabe também que, apesar de ser uma bela e bem cuidada jovem, Laryssa não tinha namorado no momento. O corpo só foi descoberto pelo fato de ela não ter chegado no local de trabalho, em Nova Iguaçu, no horário de costume. Segundo a polícia, o patrão telefonou para a irmã dela, para saber o motivo do atraso. A irmã foi até a casa, onde as duas moravam, e deparou com Laryssa caída morta, com a faca no pescoço. O sepultamento, sob protestos da família, aconteceu ontem pela manhã, no cemitério do Jardim da saudade em Mesquita, diante de cerca de 100 pessoas.
Mãe da vítima, Maísa Carvalho, 42 anos estava inconsolável no enterro da sua filha, que cursava o 8º período de Direito. “Minha filha se formaria no ano que vem, mas não exerceria a profissão de advogada, já que tinha outro sonho. O sonho dela dela era se formar em direito e ser delegada federal. Um dia ela disse para mim: mãe, eu vou entrar aqui (na casa da mãe) depois da minha formatura, e lhe apresentar meu distintivo. Eu disse que apoiava ela em qualquer coisa”, chora Maísa. “Mas este homem interrompeu o sonho da minha filha. Ela ia se formar ano que vem, não merecia isso”, disse, emocionada, a mãe de Laryssa aos amigos, familiares e jornalistas presentes ao culto religioso durante o velório.
Segundo colegas da empresa onde ela trabalhava, Laryssa era muito querida por todos familiares e amigos. “Ela era alegria, não tinha outra palavra para destacar Laryssa”, disseram. “A gargalhada dela era a marca registrada. Ela tinha uma alegria de viver muito grande, nunca teve inimigos. Amigos de escola, de ensino fundamental, médio, faculdade, estão todos aqui… era muito querida na nossa comunidade”, completa a mãe. “Justiça”, gritaram ao final do sepultamento. “Eu preciso de ajuda, preciso de justiça para a minha filha”, disse a mãe.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga o caso. A perícia foi realizada no local e a polícia trabalha com a linha de investigação de crime passional – feminicídio (quando a vítima é morta por ser mulher). Entretanto, nenhuma outra hipótese está sendo descartada. Não houve arrombamento na casa e nada foi levado, mas familiares sentiram falta de um laptop de Laryssa.

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