PM mata PM por causa de mulher que também é PM

Dois policiais militares duelaram num bar no centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no fim da noite de quarta-feira. Um deles morreu e o outro ficou ferido. O motivo para o desentendimento entre os agentes, segundo informou o 20º BPM (Mesquita), foi que um deles assediou a mulher do outro, que também é PM.
O caso ocorreu por volta das 23h50. O soldado do 16º BPM (Olaria) Rodrigo Cardoso Figueiredo estava com a mulher, no bar Canela Russa, na Rua Antônio Teixeira. Jéssica Aparecida Mello dos Santos Pimentel também é soldado da PM, lotada na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do Borel. De acordo com o 20º BPM, em determinado momento o sargento do 17º BPM (Ilha do Governador) Robson Nóbrega Santana, de 42 anos, assediou Jéssica.
Rodrigo viu a cena. Houve discussão e os policiais acabaram sacando suas armas. No duelo, o sargento Robson foi atingido na cabeça e morreu no local. Já Rodrigo ficou ferido na coxa direita. Ele foi socorrido no Hospital Geral de Nova Iguaçu e recebeu alta após receber atendimento.
As pistolas dos agentes foram apreendidas. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). O sargento Robson Santana estava na Polícia Militar havia 15 anos. Ele era solteiro e deixou dois filhos.

Outra versão
A mulher de sargento da PM morto por outro policial rebate versão de assédio: ‘É mentira’ Pela versão dela, a namorada do atirador, também PM, foi agarrada por Nóbrega. “Ele não tinha o costume de assediar ninguém, isso é uma mentira. Ela deu essa versão porque tem que dar uma versão favorável a ele (o namorado). Não acredito nisso, até porque ele não ficou lá nem 10 minutos. Mal chegou e aconteceu isso”, disse a advogada Meyre Sampaio, de 34 anos.
De acordo com a mulher do sargento, com quem viva há 15 anos, ele sempre tinha o hábito de parar e beber uma cerveja após o serviço. Ela tinha falado com ele instantes antes do crime acontecer.
Segundo um primo da vítima, imagens de câmeras mostram o soldado indo para cima da vítima, que para se defender atirou nele na perna. O baleado caiu e Robson teria se virado para ligar para a PM. Neste momento, o militar atingido teria sacado sua arma e atirado no sargento. Relatos de vizinhos do local dão conta que a soldado Jéssica Aparecida teria gritado que estava sendo agarrada e pedia para tirar as mãos dela. Policial já está preso no Batalhão Prisional da PM, em Niterói, depois de atendido no Hospital da Posse.

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