Segunda etapa de reassentamento de ribeirinhos do rio Botas começa dia 10

A Prefeitura de Nova Iguaçu inicia na próxima semana a segunda etapa de reassentamento das famílias que vivem às margens do rio Botas. No dia 10 de dezembro, os beneficiários deverão ir ao Residencial Santo Antônio, na Rua Manoel de Alegrio, na Cerâmica, para a escolha dos apartamentos. Ao todo, são 288 unidades que irão receber moradores ribeirinhos de Comendador Soares e Bandeirantes, também cortado pelo Botas, além de pessoas que moram em Rancho Novo, às margens do rio Maxambomba. A entrega das unidades está prevista para janeiro, logo após a vistoria dos imóveis e assinatura do contrato.

Das quase 300 famílias que irão morar no conjunto habitacional, 62% residem em Comendador Soares, às margens do rio Botas. Outras 172 famílias que viviam na localidade já foram reassentadas no Residencial José Maria Pitella, localizado ao lado do Santo Antônio. O reassentamento faz parte do projeto de recuperação do rio. Após a retirada de todos os moradores, as construções irregulares serão demolidas para que seja feita uma intervenção que consiste no alargamento de calha do rio de sete para 14 metros. O objetivo do projeto é evitar o transbordamento e assim acabar com as enchentes no período das fortes chuvas.

“O reassentamento destas famílias vai beneficiar não somente elas próprias, mas cerca de 100 mil pessoas em pelo menos dez bairros de Nova Iguaçu. Quando o Botas transborda, não é só quem vive às margens que sofre com as enchentes, mas todos ao redor. As intervenções que serão feitas vão diminuir drasticamente as chances de transbordo, mas para que elas possam ser iniciadas é preciso que todas as famílias sejam reassentadas”, explica o prefeito Rogerio Lisboa.

Além do alargamento da calha do rio, o Botas terá sua profundidade duplicada, passando de um metro e meio para três metros no trecho que corta Comendador Soares. “Vamos transformar esse trecho numa grande caixa de retardo para água vir com toda velocidade e “espalhar” nesta parte mais larga e profunda”, explica a secretária municipal de Infraestrutura, Cleide Moreira, acrescentando que será mantido o mesmo desague para que o problema do transbordamento não seja transferido para mais adiante. A intervenção será iniciada assim que todas as moradias forem demolidas e os escombros removidos.

 

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