Bolsonaro diplomado ontem no TSE em Brasília

(José Cruz/Agência Brasil)

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, desembarcou ontem (10) em Brasília, para ser diplomado à tarde pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Antes da cerimônia que atesta sua vitória nas eleições e a de seu vice, general Hamilton Mourão, Bolsonaro decidiu oferecer um almoço, na residência oficial da Granja do Torto, ao último integrante confirmado para o ministério, o advogado e administrador Ricardo de Aquino Salles, que assumirá a pasta do Meio Ambiente.

No TSE, o diploma foi assinado as 16h pela presidente do tribunal, ministra Rosa Weber, que abriu a sessão solene e indicou dois ministros para conduzir os eleitos ao plenário. Para a cerimônia, o presidente eleito foi acompanhado pela futura primeira dama, Michelle Bolsonaro, e a filha Laura. Outros familiares também participaram da diplomação, mas até a tardinha os nomes de todos ainda não tinham sido divulgados.
A previsão é a de que Bolsonaro deverá permanecer em Brasília até a próxima quinta-feira (13). Ele vai se reunir com as bancadas do PSD, DEM, PSL, PP e PSB. Também haverá conversas com os governadores eleitos de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
Esses e outros governadores, que também chegam a Brasília nesta semana, vão se reunir com o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro. O encontro com chefes de Executivos estaduais, o primeiro de Moro desde que foi confirmado para o primeiro escalão do futuro governo, será na quarta-feira (12), no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, a partir das 9h.

Cirurgia deve ser remarcada
por causa da viagem a Davos

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse no domingo (9) que a cirurgia marcada para o dia 19 de janeiro pode ser remarcada.
“Eu vou quinta-feira (13), em São Paulo, e devo remarcar a [cirurgia para retirada da bolsa de colostomia] que seria 19 de janeiro. Tenho Davos [Fórum Econômico Mundial] dia 21 e pretendo ir para lá. Quero estudar com o hospital uma nova data, porque a minha vida é complicada e eles também têm uma agenda lá bastante extensa. Não pode chegar lá e ser atendido só porque sou presidente. Temos que ter um calendário”, disse na porta do seu condomínio ao voltar para casa depois de ir a uma agência bancária e parar em um quiosque na praia da Barra da Tijuca para tomar água de coco.
Bancada
Para o presidente eleito, as divergências na bancada do PSL no Congresso estão restritas a um grupo pequeno. “Três ou quatro deputados que estão se digladiando. O resto, 90% estão sem problema. Até porque, se não me engano, são 48 deputados novos, que não conhecem Brasília. Tem quatro antigos na Câmara”.
“Política tem novidades a todo instante, tem que apagar fogo mas está indo bem a transição. São vários grupos temáticos que sabem o que fazer. Cada um está tendo independência para buscar meios para que a gente comece bem o ano”, disse.
Transferências
Ao comentar as oito transferências de valores feitas entre funcionários lotados ou que trabalharam no gabinete do seu filho, senador eleito Flávio Bolsonaro, quando era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), identificadas em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) anexado à Operação Furna da Onça, disse apenas que ainda não conversou com o assessor Fabricio Queiroz.
Ao ser questionado se via os repasses com naturalidade, reafirmou que o assessor tem que explicar. “Não vejo. Ele tem que explicar. Pode ser, pode não ser”, disse.

error: Conteúdo protegido !!