Colnago: reduzir carreiras federais para menos de 20

O número de carreiras no serviço público federal poderia ser reduzido dos atuais 309 para menos de 20, disse ontem (13) o ministro do Planejamento, Esteves Colnago. Em café da manhã com jornalistas, ele explicou a proposta de reforma administrativa encaminhada pela pasta à equipe de transição do novo governo.
Anunciado como secretário geral adjunto da Fazenda no Ministério da Economia no próximo governo, Colnago explicou que as mudanças valerão apenas para os futuros servidores que ingressarem no serviço público federal. Os atuais servidores teriam a prerrogativa de permanecerem nas carreiras ou migrarem para a nova estrutura.
Colnago disse que apenas encaminhou as sugestões para a equipe de transição e que ainda não recebeu retorno. Ele acrescentou que, além da redução no número de carreiras, o governo também sugeriu a reformulação da política salarial dos futuros servidores.
As novas carreiras teriam salários de entrada mais próximos aos da iniciativa privada, entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. As remunerações finais seriam parecidas com as de hoje, de R$ 24 mil a R$ 25 mil nas melhores carreiras. Os salários mais altos, no entanto, seriam pagos a menos servidores, apenas aos que se destacassem por mérito ao longo dos anos, em vez de seguir a lógica atual de tempo de serviço.
“A ideia é que se remunere bem o melhor gestor, mas o número [dos servidores que receberão os salários do topo da carreira] será bem menor que o dos demais servidores. Será como se fosse uma pirâmide, em que apenas poucos ganham os melhores salários. O grosso dos servidores vai ficar com uma remuneração bem mais baixa”, declarou Colnago. “Essas são ideias que precisam ser encampadas pelo novo governo. Queremos incentivar que os servidores se engajem no trabalho.”

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