Bolsonaro diz que conterá desperdício de recursos

O presidente eleito criticou repasses de Furnas via Lei Rouanet
(Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse ontem (26) no Twitter que assim que assumir o governo, em 1º de janeiro de 2019, vai trabalhar para um controle rígido de concessões de recursos. Para Bolsonaro, o uso do dinheiro público deve ser repensado e direcionado a setores prioritários no país.
“Há claro desperdício rotineiro de recursos, que podem ser aplicados em áreas essenciais”, afirmou Bolsonaro. “Num só dia, o gerente de Responsabilidade Sociocultural de Furnas [Furnas Centrais elétricas S.A, subsidiária da Eletrobras] autorizou, via Lei Rouanet, R$ 7,3 milhões para 21 entidades”, acrescentou. O presidente eleito é um crítico ao atual modelo de distribuição de recursos via Lei Rouanet, norma que trata de repasses federais a projetos artísticos-culturais, por meio de empresas que recebem incentivos fiscais.
“O que acabará são os milhões do dinheiro público financiando ‘famosos’ sob falso argumento de incentivo cultural, mas que só compram apoio! Isso terá fim!”, completou.
Na gestão Bolsonaro, a pasta da Cultura foi incorporada pelo Ministério da Cidadania, área do futuro ministro Osmar Terra.
Desde o período da campanha, Bolsonaro têm se manifestado sobre a Lei Rouanet. Em setembro, antes mesmo de ser eleito, reforçou que os benefícios continuariam sendo concedidos. “Mas para artistas talentosos, que estão iniciando suas carreiras e não possuem estrutura”, disse no Twitter à época o até então candidato.

Reunião com Netanyahu antes da posse
Quatro dias antes de tomar posse, o presidente eleito Jair Bolsonaro vai se reunir com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em um almoço no Forte de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. O encontro será na próxima sexta-feira (28), um dia antes da mudança de Bolsonaro e da família para Brasília.
A conversa ocorre no momento em que Bolsonaro avisou que pretende transferir a Embaixada do Brasil de TelAviv para Jerusalém.
De acordo com a Embaixada de Israel no Rio de Janeiro, Netanyahu não vai participar da posse do presidente eleito no próximo dia 1º de janeiro, em Brasília. O primeiro-ministro israelense antecipou seu retorno a Israel, após a decisão do Parlamento do país de antecipar as eleições gerais para 9 de abril de 2019.
Depois do almoço com Bolsonaro, Netanyahu participa da cerimônia religiosa conhecida como Shabat, na sinagoga Kehilat Yaacov, em Copacabana. No domingo (30), ele concede entrevista coletiva no Rio de Janeiro.
Embaixada
Bolsonaro pretende transferir a Embaixada do Brasil em Israel de TelAviv, capital administrativa, para Jerusalém. A decisão gera polêmicas, mas o presidente eleito demonstrar estar determinado a concretizar a medida. “Quem decide a capital do Estado é o respectivo Estado”, afirmou Bolsonaro em postagem no Twitter.
A cidade de Jerusalém está no centro de controvérsias e disputas entre palestinos e israelenses, já que ambos os povos reivindicam o local como sagrado. No esforço de evitar o agravamento da situação, os países consideram TelAviv como a capital administrativa de Israel e é lá que ficam as representações diplomáticas internacionais.

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