MPF quer acabar com banhos nas cachoeiras da reserva de Tinguá

A festa de banhistas e despachos de macumba podem acabar

O Ministério Público Federal (MPF) quer acabar com a festa dos banhistas que frequentam as cachoeiras da Reserva Biológica de Tinguá, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Em nota, o MP informou que, pela lei, a Reserva Biológica do Tinguá é uma unidade de conservação de proteção integral, o que torna a visitação proibida, exceto quando houver objetivo educacional ou para atividades de pesquisas devidamente autorizadas pelo ICMBio.
“Desta forma, a visitação e a recreação na Reserva Biológica do Tinguá são proibidas. A demanda por balneários fluviais da população que frequenta Tinguá pode ser suprida pelos sítios de lazer do entorno. O Ministério Público Federal já solicitou ao ICMBio que intensifique a fiscalização na região para prevenir que os frequentadores da região avancem sobre a área da reserva”, diz a nota. Vale acrescentar que, além de banhistas, várias entidades religiosas também usam as cachoeiras para “despachos”, com sangue, velas, animais sacrificados e outros materiais.
Na sexta-feira da semana passada, o jornal Extra fez uma reportagem mostrando o grande número de frequentadores que passaram a frequentar a cachoeira, que fica a 15 quilômetros do Centro de Nova Iguaçu, tornando a região um verdadeiro refúgio para turistas e moradores da cidade que querem se refrescar em meio a ondas de calor que provocam sensação térmica de até 60 graus.
Para se refrescar, as pessoas colocam mesas e cadeiras dentro das águas límpidas da reserva. Além dos moradores de Nova Iguaçu e das cidades vizinhas, as cachoeiras de Tinguá também tem atraído turistas de fora do Rio de Janeiro.

Comércio
A festa dos banhistas, oriundos de várias regiões do estado, estão por um fio, assim como o faturamento do comércio local. Além de ser uma localidade bucólica, para onde muitas famílias de classe média da região da Baixada estão migrando em busca de mais saúde e qualidade de vida, o comércio da região vem se fortalecendo e turbinando a economia local. Apesar da medida do MPF em preservar a vida, há junto a isso a preocupação do comércio local, que fatura alto nestes tempos quentes de verão, fechar as portas pela queda no índice de clientes. Isso deverá ocorrer principalmente em bares, restaurantes, barraquinhas às margens das cachoeiras e até nos piscinas-bar – que são estabelecimentos situados dentro do leito das cachoeiras.

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