Solução final para corrupção

Em “Verde Amarelo Sangue”, o professor Fernando Pestana mistura realidade e ficção para falar dos nossos políticos
Foto: Carla Josephyne

Um bom romance costuma ser também um excelente livro de História. Mas, quando ele é ótimo, pode inclusive prever o futuro. É o que acontece em “Verde Amarelo Sangue”, estreia na literatura do professor de Língua Portuguesa Fernando Pestana. A partir do assassinato enigmático de um famoso político no ABC paulista em 2002, Pestana (com o auxílio André Bem Noach, seu parceiro na empreitada) constrói uma trama que narra o crescente descrédito da classe política com a população – com uma aterradora solução final para o impasse.

“Verde Amarelo Sangue” foi idealizado por Fernando Pestana, a partir de um conto escrito por ele, mas não publicado de maneira formal, chamado “Mártir”. Após perceber que o conto tinha um potencial enorme, a ponto de virar um romance, decidiu entrar em contato com Andre Ben Noach, com quem tem uma parceria (de não autoria) no livro “Os Últimos Pores-do-Sol”.

Pestana transformou o medo em oportunidade e sucesso. Há quase dois anos, este carioca de 36 anos, nascido em Olaria e criado no Irajá, assustado com a violência do Rio, decidiu partir para Portugal. Hoje o professor de Língua Portuguesa, formado na UFRJ, vive confortavelmente na terrinha com royalties de sua “Gramática Para Concursos” (mais de 100 mil exemplares vendidos), contabiliza cerca de 85 mil seguidores no Facebook no seu grupo de estudos (“Português do Pestana”).

 

error: Conteúdo protegido !!