Guedes: políticos entenderam que reforma da Previdência é inadiável

Adriano Machado/Reuters

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que os agentes públicos estão comprometidos com a reforma da Previdência. Em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta noite, Guedes afirmou que se reuniu com parlamentares, prefeitos e governadores, e as sinalizações em relação à proposta enviada na quarta (20) ao Congresso são positivas.
“A classe política percebeu que é incontornável a necessidade dessa reforma”, afirmou Guedes, destacando que, além do governo federal, as prefeituras e os governos estaduais estão com problemas orçamentários. “Isso não é mais adiável. Estamos realmente sob ameaça de perdermos as aposentadorias que existem hoje. Essa percepção da classe política é muito encorajadora”, ressaltou.
Guedes lembrou que a reforma da Previdência vem sendo adiada há décadas. “Eu acredito que chegou a hora da nova Previdência porque há um amadurecimento muito grande da matéria. Pode haver um detalhe para cá, outro para lá, que serão muito bem-vindos. Nas discussões temos recebido contribuições excelentes”, afirmou.

Para o ministro, a proposta do governo está focada na população brasileira. “Naturalmente existem 6,7,8 milhões de privilegiados, que estão sendo atingidos pela reforma, têm mais força corporativa ou tiveram no passado, que dizem que [direitos] estão sendo ameaçados. Na verdade, os privilégios estão sob ameaça”, argumentou.
Segundo Guedes, se for aprovado o texto do governo, sem alterações, a economia nos próximos 10 anos será de R$ 1,2 trilhão. “As primeiras conversas foram extraordinariamente encorajadoras. O Congresso parece bastante maduro em relação à necessidade da nova Previdência”, afirmou. “Será uma surpresa muito grande se mexerem muito no projeto.”
Guedes afirmou que cada ponto mudado impactará na economia prevista. “Estaremos sacando contra filhos e netos”, afirmou. “Passou a fase da demagogia, de dizer que a reforma da Previdência era contra os mais pobre, porque não é verdade: ela remove privilégios, reduz desigualdades e visa garantir não só as aposentadorias existentes hoje, mas o emprego e as aposentadorias das gerações futuras.”

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