Sepultado o menino morto em tiroteio de PM com bandidos

O corpo do menino Kauan Peixoto, de 12 anos, foi enterrado na tarde de ontem, segunda-feira (18), no Cemitério de Olinda, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Durante a cerimônia, amigos e familiares cobraram justiça respostas sobre a morte do adolescente, baleado durante uma operação policial.
Kauan foi atingido no pescoço e abdômen durante um confronto entre policiais militares e criminosos na comunidade da Chatuba, em Mesquita, também na Baixada Fluminense. O tiroteio ocorreu na madrugada de domingo (17).
Segundo relatos da família, Kauan Peixoto tinha saído de casa para comprar um lanche. O menino deu entrada em estado grave no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), foi levado para cirurgia de emergência, mas não resistiu aos ferimentos.
Parentes do menino acusam a polícia de ter atirado no adolescente. A Polícia Militar sustenta ter havido confronto com traficantes e que encontrou o garoto já caído. Na ocasião, Kauan havia ido passar o fim de semana com o pai, como fazia a cada 15 dias.
“Eles saíram para comprar lanche em uma lanchonete lá perto. Assim que chegaram na Rua Rondon Gonçalves com a Rua Magno de Carvalho, os policiais estavam vindo pela Rondon de encontro a eles. O pessoal que estava na rua evacuou. O menino falou: “Corre, Kauan! Corre, Kauan!’. Ele falou: ‘Correr nada. Não fiz nada. Correr pra quê?’ e ficou parado”, contou um parente que pediu para não ser identificado.
“A Blazer parou, [um policial] já desceu atirando em direção a ele. Um tiro pegou no abdômen. Ele caiu encostado no muro. O policial se aproximou, e ele falou ‘sou morador’. Deram um tiro na perna dele e depois algemaram ele. É o que o pessoal conta”, acrescentou o familiar.

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