Março roxo em Queimados tem palestra sobre epilepsia

Evento promovido pela Clínica de Saúde da Familia no bairro Fanchem fala sobre técnica de tapotagem e simulação de socorro à vítima de crise epiléptica
(Thiago Loureiro)

Com mais de 30 milhões de pessoas diagnosticadas com epilepsia no Brasil, adquirir conhecimento sobre o problema pode salvar vidas. Por isso, a Prefeitura de Queimados, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou uma palestra em alusão ao março roxo: mês destinado a conscientização e combate à epilepsia. O encontro entre profissionais de saúde e pacientes aconteceu na manhã desta segunda-feira (25), na Clínica da Família Pastor Júlio Alves Sena, no bairro Fanchem.

Na maioria dos casos, a epilepsia é consequência de pequenas lesões no cérebro, seja por predisposição genética, traumas durante o parto ou depois dele, malformações e até acidente vascular cerebral. A doença é geralmente tratada com medicamentos e, em alguns casos, com cirurgia. Durante uma convulsão, os neurônios disparam descargas elétricas que resultam em comportamentos, sintomas e sensações anormais, perda de consciência súbita e movimentos involuntários.

A Secretária da Pasta, Drª Lívia Guedes, falou da importância de instruir a população acerca do tema. “Muitas pessoas estão despreparadas para vivenciar uma crise de epilepsia, pois existe muito preconceito e achismo sobre essa patologia. Por isso, é importante gerar conhecimento, principalmente sobre acompanhamento médico, já que, se diagnosticado cedo e tratado corretamente, o paciente pode viver uma vida completamente normal. O município  oferece atendimento especializado para as pessoas com epilepsia e tratamento diferenciado baseado na faxa etária”, afirmou a gestora.

Grávida e epiléptica, a jovem Alessandra de Castro conta como foi descobrir sobre a doença e como o acompanhamento do caso tem feito a diferença para sua saúde. “Faz dois anos que eu descobri que tenho epilepsia, estava em um momento frágil da minha vida e o estresse levou a doença a se manifestar. Foram momentos de muita angústia até eu procurar ajuda profissional e realizar o tratamento. No começo eu dormia o dia inteiro e o apoio da minha família ajudou a superar isso. Hoje tenho o acompanhamento de todos os profissionais da Clínica da Família e tenho conseguido superar todos os obstáculos”, conta a moradora do bairro Santa Amélia.

Segundo a Coordenadora da unidade de saúde, Raquel Meirelles, essas palestras são realizadas todas as segundas com um tema diferente toda semana. “Existe uma troca com nossos pacientes, essa sala é destinada a esses encontros semanais, aqui é onde podemos debate, tirar dúvidas e acabar com muitos mitos em relação a diversas doenças”, concluiu a administradora.

O passo a passo para socorro

– Deitar a pessoa de lado, de forma que sua cabeça fique com o rosto para o lado para evitar que ela se engasgue com a própria saliva;
– A pessoa que está realizando o socorro deve ficar segurando o paciente para o corpo não virar para cima (não precisa fazer força);
– Outros detalhes: não tentar por nada na boca da pessoa, isso pode provocar deslocamento do maxilar. A saliva da pessoa em convulsão não é contagiosa;
– E o mais importante! A pessoa com epilepsia não pode suspender o tratamento por conta própria e se tiver sentindo efeitos colaterais deve retornar ao médico e explicar o ocorrido.

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