Mulheres e crianças somam um terço dos migrantes que cruzaram a Macedônia

A agência da ONU calcula que 3 mil pessoas entram diariamente na Macedônia

A agência da ONU calcula que 3 mil pessoas entram diariamente na Macedônia

Mais de 350 mil migrantes atravessaram o Mediterrâneo desde janeiro e mais de 2.600 morreram no mar quando tentavam chegar à Europa, anunciou ontem a Organização Internacional para as Migrações (OIM).Segundo os últimos dados da instituição, 234.778 chegaram à Grécia e 114.276 a Itália, enquanto mais de 2 mil alcançaram a Espanha e cerca de uma centena chegou a Malta. Em todo o ano de 2014, o número de migrantes que atravessaram o Mediterrâneo chegou a 219 mil, tendo morrido ou desaparecido no percurso 3.500, segundo a Organização das Nações Unidas.
Um terço dos migrantes e refugiados que atravessou a Macedônia é formado por mulheres e crianças, informou ontem o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O Unicef acrescenta que cerca de 12% dessas mulheres estão grávidas, enquanto aumenta diariamente o fluxo de migrantes que atravessam a Macedônia provenientes da Grécia, provocando confrontos esporádicos com a polícia, que tenta limitar o trânsito de migrantes pela rota dos Balcãs, em direção ao norte da Europa.

A agência da ONU calcula que 3 mil pessoas entram diariamente na Macedônia, sobretudo após terem chegado à Grécia pelo mar, com o objetivo de se dirigirem ao norte, em particular à Alemanha e à Suécia. Cerca de 80% das pessoas que chegam à Macedônia fugiram da guerra civil na Síria, enquanto outras abandonaram o Iraque e o Afeganistão, disse o Unicef.

Desde junho de 2015, mais de 52 mil pessoas foram registradas no centro de Gevgelija, no Sul da Macedónia, mas o Unicef calcula que outras 50 mil atravessaram o país sem registro. “Muitas famílias estão em movimento com as suas crianças há meses, enfrentado temperaturas elevadas e que chegam apenas com as roupas do corpo. Estão fisicamente exaustas e com uma necessidade desesperada de um lugar para repousar”, diz ainda a agência da ONU, que apela pelo o envio de água potável e equipamento sanitário para a região.

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