Traficantes podem ter usado serra elétrica para esquartejar jovens na Zona Norte, segundo polícia

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que os dois jovens encontrados mortos e esquartejados nesta segunda-feira na Penhaforam capturados por traficantes por serem moradores de uma área controlada por uma facção criminosa rival a dos bandidos do Morro do Dezoito. Os assassinos teriam usado uma serra elétrica para esquartejar os rapazes.

Os primos Jonathan Gonçalves e Rodrigo Gonçalves, ambos de 26 anos, estavam desaparecidos desde a última segunda-feira. De acordo com o relato de amigos, os dois são moradores de uma região próxima ao Morro do Dezoito, em Quintino, na Zona Norte do Rio. Nesta segunda-feira, os dois e outras duas pessoas, teriam ido até a Rua Canitá, no Complexo do Alemão, para buscar o carro de Jonatan, que havia enguiçado na véspera quando ele foi a um baile funk. A moto de Rodrigo e o carro de Jonathan ainda não foram localizados pela polícia.

De acordo com um dos policiais que participou da perícia do local onde os quatro rapazes foram esquartejados, há indícios de que todos foram torturados antes de serem executados.

— Encontramos vestígios de tortura como marcas de pancadas na cabeça e no corpo. Tudo indica que os corpos foram esquartejados após a execução. Os cortes nos cadáveres são semelhantes aos feitos por facas de açougue ou por algum tipo de serra como a elétrica, por exemplo. Apuramos que um amigo do Jonathan também foi convidado por ele para ir desenguiçar o veículo, mas acabou desistindo. Então o Rodrigo acabou indo no lugar dele — disse o policial.

Parentes dos jovens estiram no Instituto Médico Legal na manhã desta terça-feira, e evitaram falar com os jornalistas.

— Não sabemos o que aconteceu. Também não conheço os outros dois rapazes que morreram ao lado dos dois primos — disse um parente dos jovens que pediu para não ser identificado

Segundo os parentes, Jonathan ia ser pai. A esposa está com três meses de gravidez.

Os quatro corpos foram encontrados dentro de um veículo na Rua Honório Bicalho, na Penha, depois que a PM suspeitou do motorista que dirigia o carro. Na abordagem, André Luiz da Silva Almeida, de 32 anos, tentou fugir e houve perseguição da Rua Nicarágua até a Honório Bicalho. Na troca de tiros, o motorista foi baleado e levado para o Hospital Getúlio Vargas, também na Penha, onde está sob custódia da polícia.

Os corpos das quatro vítimas foram encontrados em sacos plásticos no banco de trás e no porta-malas. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital.

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