Alternativas Rio-Niterói

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*Célio Junger Vidaurre

Depois da gravação em que o ministro Luiz Roberto Barroso, do STF, esclareceu sobre a falta de alternativa, caso fique concretizado o afastamento de Dilma, chega-se à conclusão de que o magistrado estava comentando o que percebeu na Capital Federal durante a aparição de Eduardo Cunha e Romero Jucá no evento de saída do PMDB da base governista. Problema idêntico passa o Rio de Janeiro, o Prefeito do Rio, Eduardo Paes, pego com a “boca na botija” em conversa desnecessária com Lula, passou a ser execrado por todo o Estado, e não só por Maricá, Araruama e São Pedro D’Aldeia que disse serem “M” de lugares.
A situação já não era boa com o candidato à sua sucessão, deputado Pedro Paulo, o mesmo que bateu na ex-mulher e está se explicando sem qualquer convencimento. Outra figura controvertida é a do Senador e ex-jogador Romário que pretende candidatar-se a Prefeito da Cidade Maravilhosa depois que a imprensa noticiou que quase todos os seus assessores são homens com problemas criminais, com passagem pela policia e, assim, complicou-se na nova pretensão.
Outra opção, o deputado Marcelo Freixo, todo mundo já sabe o percentual de votos que o moço do PSOL atingirá, para, apenas, continuar garantindo sua próxima eleição na Alerj. Outro, antipático e metido a bonito, deputado Índio da Costa, pode ser o lanterna da corrida ao executivo carioca. Essa falta de alternativa não é problema só de Brasília e da Cidade do Rio de Janeiro.
Em Niterói, a coisa não é diferente, o atual Prefeito que passou toda sua vida pública, desde a infância, no PT, ao perceber que a população não quer saber de ninguém desta sigla, correu para o PV. Felipe Peixoto, nascido e criado no PDT, procurou abrigo no PSB depois que saiu da Secretaria Estadual de Saúde sem apresentar nada de objetivo. Aliás, foi uma lástima. O fraco deputado do PSOL, Flávio Sarafini, concorrerá novamente no mesmo estilo de Freixo, ou seja, só para garantir daqui a dois anos a reeleição de Deputado Estadual. O consagrado médico de família tradicional, mas, inocente em política, SEBA, quer concorrer ao cargo de Prefeito pela REDE sem saber quem o apóia. Por último, o PSDB resolveu apostar no Delegado Federal Antonio Rayol que está se apresentando aos niteroienses como uma esperança nova, já que ninguém na cidade acredita mais em nenhuma dessas outras opções.
As mesmices de eleição para eleição na ex-capital fluminense parece que não terá fim. Não aparece nenhuma liderança que possa convencer o eleitorado que já não aguenta mais falar em Comte, Jorge Roberto, PT, PDT e as mesmas conversas de sempre. Infelizmente, a população até hoje, na sua maioria, ainda não conseguiu assimilar qual foi o espírito da Constituição de 1988 sobre a proteção aos municípios. Usaram o mundo de dinheiro que passou a entrar nos cofres municipais a partir de 1º de Janeiro de 1989 e encheram as prefeituras de funcionários desnecessários que, inclusive, sequer tinham mesas para acomodá-los. Conclusão, a folha ficou cheia de inúteis e as verbas para obras sociais ficaram escassas.
Essa falta de conhecimento do eleitorado já fez Prefeito ficar por quase 20 anos na Chefia do Executivo e achando que era o tal. A grande verdade é que nesse próximo pleito a perspectiva é horrorosa para a classe política, ninguém está a fim de votar em ninguém, vai ser preciso de muito argumento para convencer essa gente aborrecida para obter votação que satisfaça.
Os votos nulos e os em brancos podem superar os votos válidos.

*Célio Junger Vidaurre é advogado e cronista político, seus artigos são publicados em 11 jornais diários e 16 semanários.

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