*Eduardo Gonçalves
Deixei para escrever alguma coisa somente hoje, segunda-feira (31/10/2016) para poder sair daquele ambiente de disputa eleitoral e pôr as ideias para funcionar sem o calor da emoção.
Primeiro, dizer que Nova Iguaçu não escolheu um novo prefeito, Nova Iguaçu escolheu a mudança sem conhecimento necessário para fazer essa escolha e aí não é o A nem o B, é qualquer um. A política muitas vezes faz com que as pessoas percam o racional e com emoção escolham aquele que é oposição. É O VOTO POR EXCLUSÃO. ”Eu não quero esse, então vou naquele”. Ser mal falado na política não é uma escolha do eleitor comum, é serviço dos cabos eleitorais e do próprio candidato que no oportunismo de tomar o poder, conseguem espalhar a noticia ruim de uma forma que cegue o eleitor da verdadeira realidade. É a chamada DESCONSTRUÇÂO DO ADVERSÁRIO. Nesse quesito foram perfeitos. “Não paga salário”, “não conversa com as pessoas”, “a merenda não tem qualidade”, “não tem médico, não tem remédio”… Poderia ficar aqui relatando todos os clichês que os marqueteiros captam nas pesquisas qualitativas e o candidato e sua equipe reproduz na campanha. É quase que uma candidatura de laboratório. É como se fosse uma bactéria que se aproveita de um corpo doente para disseminar a infecção.
O Governo Bornier (foto), óbvio que por conta da CRISE, teve suas falhas e o Brasil inteiro mostrou pouquíssimos reeleitos em função dela. Os males em Nova Iguaçu dos problemas financeiros foram iniciados pelo Governo Lindbergh Farias, que produziu uma dívida de mais de 1 Bilhão de Reais nos cofres da Prefeitura e quebrou a Previdência dos funcionários-PREVINI. Os aposentados não sabem disso ou então pagam pela sua desinformação. Deveriam se informar mais das mazelas que o Lindbergh, o PT e seus militantes deixaram em nossa cidade. Após isso a Presidente Dilma e o PT explodiram as finanças do País e a consequência disso foi a perda da capacidade de investimento e a dificuldade cada vez maior de cumprir em dia com as obrigações em razão dos repasses federais serem cada vez menores, o que implica na maior parcela do orçamento municipal. A infecção foi reproduzida e aumentada cada vez mais aos olhos das pessoas que, como sempre, tem que encontrar um culpado e aí o Prefeito é quem sofre as consequências. Eu sempre disse que o Fernando Henrique era um luxo para o Brasil, e digo sem medo de errar porque conheço e sei de sua seriedade, Nelson Bornier é um luxo para Nova Iguaçu. A população vai mudando e muita gente não sabe que num passado recente Bornier tirou a Prefeitura da falência e regularizou sete meses de salários atrasados e fez o melhor governo da história de Nova Iguaçu dito por todas as pesquisas e por aqueles que viveram aquele momento.
Vida que segue e o tempo é o senhor da razão. O novo governo que irá se instalar, no início colocará a culpa de pagar salários atrasados do Bornier, mas o tempo vai passar e essa desculpa vai começar a não colar mais. As dificuldades de executar as políticas públicas prometidas em campanha vão começar a fazer peso na popularidade do governo e o “não tem médico e não tem remédio” vai cair no colo de quem oportunamente instalou-se em um corpo doente sem ao menos conhecê-lo, baseado apenas em pesquisas qualitativas. Se com o Lindbergh que pegou o Governo com dinheiro em caixa e sem CRISE fez o que fez com a Prefeitura, imagine agora. Mas isso agora não importa muito, não é mesmo? Vale tudo; só não vale perder a eleição.
Não há mágica nisso. O marqueteiro pegou o dinheiro do seu contrato e foi embora. Não vai dar mais para iludir, a realidade tomou conta da ficção, o filme agora vai para os cinemas, e os atores, se não forem bons como os magos da publicidade, o filme pode ser um fiasco. SÓ RESTA ROGAR A DEUS QUE PROTEJA O POVO DE NOVA IGUAÇU. NÓS FIZEMOS A NOSSA PARTE.
*Eduardo Gonçalves é chefe de gabinete do prefeito Nelson Bornier.
