*Paulo Vieira Jacques
Carro e Moto são dois veiculos apaixonantes, principalmente na juventude. Ter um desses veiculos nessa fase é como ter tudo aos seus pés, os desejos ficam quase que completos, trabalhos, escola, amigos, namorada, passeios, viagens, praias e etc…, coisas comuns da juventude , é nessa idade que muitas coisas ruins acontecem. Acidentes de carros e motos são os que mais matam pessoas, muitos sonhos se perdem, muitos problemas eternizam nas famílias, devemos entender que muitas das vezes, além de sofrer na pele as consequências de um acidente, também podemos causar graves acidentes a terceiros, como aqueles que estão dentro do carro como carona, como também pessoas que estão nas Ruas, nas calçadas, nos pontos de ônibus e em muitos lugares até imprevisíveis. O carro e a moto são dois veiculos que tem que dar prazer e trazer alegrias, e muitas pessoas contam com isso que são os país e os demais parentes, além das esposas e dos filhos que na sua maioria são crianças que ainda necessitam da presença dos pais e da mães por um longo período de tempo. Dirigir não pode ser um problema, dirigir tem que ser um prazer com muita responsabilidade, as pesquisas apontam que a cada dia mais pessoas estão melhorando seus hábitos de uma direção defensiva, que é aquela que traz para a responsabilidade dos motoristas maior cuidado no trânsito, mas ainda estamos muito longe de alcançar um número menor de acidentes e para isso precisamos melhorar nossa maneira de se comportar no trânsito.
Estatísticas nacionais de acidentes de trânsito
Fontes do Ministério da Saúde (43.075 óbitos e 201.000 feridos hospitalizados em 2014) e o Seguro DPVAT (em 2015, 42.500 indenizações por morte e 515.750 por invalidez). (Atualizado em 31/05/2016)
Morre-se mais em acidentes de trânsito do que por câncer
Novas estatísticas mostram que a violência no trânsito é a segunda maior causa de morte no país, à frente até de homicídios, um efeito do desrespeito às leis e da má qualidade dos motoristas.
O mundo avança, o Brasil retrocede. Na Alemanha, as mortes em acidentes de trânsito caíram 81% nos últimos quarenta anos, e o governo tem como meta fechar um ano inteiro sem nenhuma vítima fatal. A Austrália reduziu a mortandade nas ruas e estradas em 40% ao longo de duas décadas. A China precisou de apenas dez anos para reverter uma situação calamitosa em que os acidentes de trânsito haviam se tornado a principal causa de morte entre os cidadãos de até 45 anos de idade. Entre 2002 e 2011, o desperdício de vidas chinesas por colisões, quedas de moto ou bicicleta e atropelamentos diminuiu 43%. O assombroso sucesso desses e de muitos outros países, ricos e emergentes, em combater a violência no trânsito deveria ser uma inspiração para o Brasil. Por enquanto, o êxito deles só amplifica o absurdo desta que é a maior tragédia nacional. Um levantamento feito pelo Observatório Nacional de Segurança Viária , com base nos pedidos de indenização ao DPVAT, o seguro obrigatório de veículos, revela que o número de vítimas no trânsito é muito superior ao que fazem crer as estatísticas oficiais (veja o quadro abaixo). Em 2012, foram registrados mais de 60 000 mortos, um aumento de 4% em relação a 2011, e 352 000 casos de invalidez permanente. Morre-se mais em acidentes de trânsito do que por homicídio ou câncer. Ou seja, nós, brasileiros, temos mais motivos para temer um cidadão qualquer sentado ao volante ou sobre uma moto do que a possibilidade de deparar com um assaltante ou de enfrentar um tumor maligno.
Costumam-se apontar a precariedade das estradas, a infraestrutura deficiente, a falta de ciclovias e as falhas na sinalização como as causas para as tragédias no asfalto. Também se afirma que os carros vendidos por aqui, que não passam nos padrões de segurança europeus, são verdadeiras armadilhas letais sobre rodas. Todos esses fatores aumentam os riscos, mas a maior razão para o massacre no trânsito é que nós, brasileiros, dirigimos muito mal. Mais de 95% dos desastres viários no país são o resultado de uma combinação de irresponsabilidade e imperícia. O primeiro problema está relacionado à ineficiência do poder público na aplicação das leis e à nossa inclinação cultural para burlar regras. O segundo tem sua origem no foco excessivo em soluções arrecadatórias para o trânsito – multas, essencialmente – e quase nenhuma atenção à formação de motoristas e pedestres.
*Paulo Vieira Jacques é ex-diretor da 27ª CIRETRAN do DETRAN/RJ.