*Carlos B. González Pecotche
Os defeitos e as deficiências conformam a imagem negativa, não cultivada, medíocre e desalinhada da figura humana. Uma disciplina superior, tendente a corrigir e eliminar tão adversas condições é, pois necessária.
Agora bem, apesar de que uma grande parte dos seres não percebe seus defeitos e deficiências, existe outra que não os ignora, mas ainda, quisera não tê-los, sentindo-se incapaz de dominá-los e vence-los, porquanto às vezes estes já se constituiu hábito, cujas raízes chegam até a medula dos ossos. Isso evidência que a referida tarefa não é fácil e que, para leva-la a cabo, ou seja, a bom termo, o empenho não deve concretizar-se na eliminação das condições negativas, por mero refinamento pessoal.
O aperfeiçoamento deve ser integral; deve abarcar o ser e a vida sem exclusões de nenhuma natureza. A isso conduzem os conhecimentos, ensinando de que forma, como e quando devem ser eliminados os defeitos e as deficiências, em cuja incumbência se experimentará grande alívio psicológico e moral, ao mesmo tempo em que a vida adquirirá novos coloridos, ao emancipar-se de peso tão torturante.
Mas essa tarefa, que levará sem dúvida um tempo respeitável, não deve parar ali, quer dizer, na eliminação de tudo quanto configura o negativo do ser.
È também necessário saber com que virtudes se conta. Se se têm algumas, haverá de investigar que funções desempenham na vida, e ao mesmo tempo em que se as encaminha para as manifestações fecundas, que fortalecem, a vida, convirá aumentar seu número até ao máximo.
Não se deve esquecer que as virtudes são forças que criam o verdadeiro estímulo da vida; são as que fortificam o espírito em todos os momentos álgidos, momentos nos quais a resistência humana parece chegar a seu fim. Em tais circunstâncias, e por virtude dessas forças, o ser humano encontra alento e estímulo para triunfar nas lutas.
*Carlos B. González Pecotche – Autor da Logosofia – www.logosofia.org.br – rj-novaiguacu@logosofia.org.br