*Paulo Eduardo Akiyama
Hoje, é possível notar que o conceito “família” está em transformação. O modelo tradicional de pai e mãe, convivendo sobre um mesmo teto, e responsáveis para lidar e administrar as diversas questões do dia a dia, que envolvem a formação de um adulto, está sendo revisitado. Independente da forma como se dará a convivência de todos os envolvidos, é preciso levar em consideração, sempre, e em qualquer situação, o bem estar do menor. Cuidar, proteger, e amar. Esses valores devem estar à frente de todo e qualquer interesse de um casal que deseja uma criança minimamente saudável. Sem esses valores, torna-se impossível deixar, como legado, adultos capazes de respeitar a si mesmos e principalmente ao próximo. O mundo está cada vez mais carente de pessoas inteligentes emocionalmente, que sabem entender, perceber, avaliar e administrar suas próprias emoções e a dos outros. E hoje, fico particularmente feliz porque eu, somado ao trabalho e dedicação da minha equipe, conseguimos mudar a realidade de uma menininha de sete anos e que, finalmente, terá um natal feliz. Sem disputas ou guerra psicológica. Apenas paz e amor. Crianças precisam sentir que são amparadas e não alvo de disputa. Caso contrário, tornam-se frágeis, inseguras e, muitas vezes, infelizes… devido à falta de entendimento dos pais. E cada memória, positiva ou negativa, monta um aspecto básico da personalidade. Após uma audiência de conciliação, conseguimos mais uma guarda compartilhada. Sem dúvidas, precisamos agradecer também ao colega que patrocinou a genitora, pois certamente buscava também o melhor para a criança. Ao invés de atuar como outros advogados, que já declararam expressamente entender que a Guarda Compartilhada e a Alienação Parental é fantasioso e risível, este profissional tem a mesma percepção que a nossa, sobre o assunto que a GC é o caminho para manter a saúde psicológica da criança. No acordo judicial, tanto meu cliente (pai) como a mãe, concordaram em ter amparo psicológico juntamente com a filha. A terapia será o ponto mais importante aos pais. Parabéns a minha equipe pelo excelente trabalho, parabéns ao colega que patrocinou a genitora. Quem mais merece os parabéns é a criança, a qual terá em seu coração os pais, os quais, com todas as diferenças que possam ter, estão lutando em conjunto para o bem estar desta pequena. Não poderia deixar de registrar mais esta satisfação profissional que vai além de ganhar uma causa, mas sim ter a consciência de que o bom senso, prevaleceu, e que, de certa forma, colaborei para mudar a vida desta criança. Uma história, que a partir de agora, começa a ser reescrita.
*Paulo Eduardo Akiyama é formado em economia e em direito 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados, atua com ênfase no direito empresarial e direito de família. www.akiyamaadvogadosemsaopaulo.com.br.